Bate-Bola | Da redação | 24/02/2016 08h56

Anderson ‘Lacraia’

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Lacraia prefere ‘poe a mão na massa’, ao invés de criticar a federação local. Lacraia prefere ‘poe a mão na massa’, ao invés de criticar a federação local. (Foto: Divulgação)

Em seus treinos, o cuiabano, radicado em MS, chega a pedalar até 500 km sem parar no sol, chuva, frio e madrugada.

Natural de Cuiabá, mas representando Mato Grosso do Sul em diversas competições, o ultramaratonista Anderson Carvalho, conhecido como Lacraia, treina intensamente e busca apoio para disputar as 24hs MTB Brasil Ride, prova de mountain bike que acontece entre os dias 5 e 6 de março na cidade de Botucatu (SP). Atualmente, em seus treinos, ele chega a pedalar até 500km sem parar no sol, chuva, frio e madrugada.

Em entrevista ao Esporte Ágil, ele fala sobre sua carreira, conquistas, e reclama da principal dificuldade em se competir pelo Estado: a falta de apoio. “Por sermos um país da cultura do futebol, às vezes é dificil evoluir sem um treinador”, diz.

Confira:

Esporte Ágil - Como o ciclismo entrou na sua vida?
Anderson Lacraia - Entrou como lazer e passa tempo, e depois fui pegando o gosto. Comecei a participar de provas como iniciante, me sentia muito bem pedalando, e sempre queria mais. Comecei a competir já faz mais de três anos.

E quais suas maiores vitórias?
Já disputei o GP Ravelli, Brasil Ride na Chapada Diamantina, Pantanal Extremo, Brasil Ride em Botucatu, várias provas no Mato Grosso e em Goiás. Já fui campeão do Pantanal Extremo 2013, campeão estadual 2013, duas vezes vice-campeão, em 2014 e 2015, 16º colocado na maior ultramaratona da América Latina, na Chapada Diamantina Brasil Ride.

Quais as maiores dificuldades para um ciclista hoje?
Falta de patrocinio, com certeza. E apoio. Por sermos um país da cultura do futebol, às vezes é difícil evoluir sem um treinador, sem ajuda nas viagens.

E você tem conseguido apoio em Mato Grosso do Sul?
Aqui tenho o apoio da minha nova equipe que me filiei esse ano, a Dourados AMDC. Tenho apoio nas inscrições das provas estaduais, mas sempre tirei do meu orçamento para bancar minhas viagens. Hoje meus gastos com treinos e viagens giram em torno de R$ 1 mil, fora os custos com meu equipamento.

Qual a sua meta no ciclismo?
Minha meta é me tornar um dos melhores ultramaratonistas do País. Para isso, muita dedicação e treino. Buscar um bom apoio para disputar provas fora do Estado e do País.

Em MS, como você avalia o trabalho da federação local?
Eu avalio que poderia ser melhor, mas ao invés de criticar, procuro ajudar colocando a mão na massa. Já ajudei a federação de várias formas, como na arbitragem, construindo pista, convidando atletas de outros estados para valorizar os eventos.

O que fazer para colocar MS no topo do ciclismo nacional?
Temos bons atletas aqui no Eestado, de nível nacional, como o Cleomedes, o Rosimar, entre outros nomes. Cada um tem sua especialidade, mas todos temos que trabalhar em uma outra função. Isso prejudica um pouco.

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