Automobilismo | Máquina do Esporte | 28/08/2020 06h49

Após quatro décadas, Globo deixará de transmitir Fórmula 1

Compartilhe:

A Fórmula 1 não será mais exibida por nenhuma empresa do Grupo Globo após quase quatro décadas. Segundo apurou a Máquina do Esporte, a emissora e o grupo Liberty Media, que gerencia comercialmente a principal categoria do automobilismo, não chegaram a um acordo para renovar o contrato de direitos de transmissão da modalidade.

A informação de que o contrato não seria renovado foi dada originalmente pelo jornal Meio & Mensagem. Segundo o MM, a Globo avisou a seus parceiros comerciais de que não haveria mais a venda da F1 para o pacote de 2020. Geralmente por volta de agosto e setembro que a emissora apresenta o plano comercial do ano seguinte aos parceiros. Quando questionada, a Globo informou que não teria mais a F1 na grade.

Segundo apurou a Máquina do Esporte, a decisão dificilmente será revertida. Ela pode ser explicada pelo momento que tanto o Grupo Globo quanto a Fórmula 1 atravessam.

No caso da emissora, existe claramente um novo posicionamento em relação aos direitos esportivos. A Globo não pretende mais dispensar tanto dinheiro em eventos que não conseguiam trazer retorno comercial à altura. No caso da F1, cada cota de publicidade era vendida a R$ 98,5 milhões, segundo o MM.

Do lado da F1, existe um investimento maciço nas plataformas digitais desde que a Liberty Media assumiu a gestão comercial da categoria. Em 2018, a empresa anunciou o lançamento da F1 TV, plataforma de streaming que transmite as provas da temporada em diversos países. No Brasil, o acordo com a Globo impedia o lançamento do aplicativo. Agora, a tendência é de que o app para assinantes se torne um dos principais meios de consumo da Fórmula 1 no país.

A perda do contrato com a Globo representa, para a categoria, o fim de quase 50 anos de transmissões da F1 em TV aberta. A Globo exibiu a categoria pela primeira vez em 1972 e, desde 1980, vem exibindo a competição de maneira contínua em sua grade.

Com a pandemia da Covid-19, o calendário da F1 sofreu grandes alterações e as corridas só começaram a acontecer em julho, em vez de março. Com as mudanças, o Grande Prêmio do Brasil, que acontece geralmente em novembro, acabou sendo excluído do calendário.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS