Artes Marciais | Da Redação | 12/03/2025 11h09

Sensei Cleber dos Santos Pereira e sua trajetória no judô e jiu-jitsu

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Nascido em Dourados (MS), Cleber dos Santos Pereira construiu sua trajetória nas artes marciais desde a infância. Formado em Educação Física e pós-graduado, ele conquistou o título de faixa-preta 5º Dan em Judô pela Liga Confederada de Judô/MS (LCJMS) e Confederação Brasileira de Judô Kodokan (CBJK), além de faixa-preta 1º Grau em Jiu-Jitsu pela Federação Sul-Mato-Grossense de Jiu-Jitsu (FSMJJ). Atualmente, é presidente da CBJK e membro fundador da LCJMS.

A iniciação de Cleber no judô aconteceu em 1985, aos nove anos, no município de Maracaju, por meio do convite de um amigo. “Comecei no judô na Escola do Padre Beto, chamada Escola Paroquial, e na Academia Judô Zendokan, com o Sensei José Fernando Campos”, relembra. Ao longo dos anos, treinou com diversos professores, incluindo Shihan Leonildo de Pieri, Sensei Jurandir Porfirio dos Santos e Mestre Noritoshi Sato, 9º Dan Kodokan Japão. No jiu-jitsu, recebeu instrução de Sandro Costa, lutador de vale-tudo em Pernambuco.

Como atleta, destaca a inspiração vinda dos judocas Aurélio Miguel e Rogério Sampaio, campeões olímpicos brasileiros. “Motivou-me a participar de várias competições estaduais, regionais e nacionais, conquistando títulos como hexacampeão estadual pelo Sistema de Ligas/MS, tricampeão brasileiro e campeão do Open Internacional/MS”, afirma.

A carreira de professor começou em 1996, quando, ainda faixa-marrom, foi convidado a implantar um projeto social na Escola Municipal Agrícola Laurindo Estraglioto, em Maracaju. “O intuito era viabilizar uma arte marcial disciplinadora. No início, a turma tinha 25 alunos de várias faixas etárias”, conta. Mais tarde, tornou-se condutor da Tocha Olímpica dos Jogos Rio 2016 e fundou a primeira liga de judô do estado, baseada na Lei Pelé e atualmente amparada pela Lei Geral do Esporte (14.597/2023).

Sobre as diferenças entre judô e jiu-jitsu, Cleber explica que ambas as artes marciais tiveram origem no ju-jutsu japonês, mas seguiram caminhos distintos. “O judô prioriza projeções em pé (Nage-Waza) e técnicas de chão (Katame-Waza), enquanto o jiu-jitsu enfatiza luxações, torções e luta no solo”, esclarece.

Na visão do sensei, a metodologia para iniciantes deve envolver atividades lúdicas para estimular a coordenação motora e a autoconfiança. “Com o tempo, o praticante lapida os movimentos até atingir a perfeição das técnicas”, detalha.

Cleber acredita que Campo Grande tem revelado bons atletas devido ao trabalho de associações e projetos sociais. “A capital se destaca na modalidade tanto no judô federativo quanto no judô liga e no jiu-jitsu”, ressalta. Entre seus alunos, cita conquistas expressivas, como as judocas Camila Carneiro Machado e Pedro Henrique Sanabria Barrios, que se sagraram campeões brasileiros e medalhistas em campeonatos sul-americanos.

Para ele, as artes marciais vão além da competição e servem como ferramentas de formação pessoal. “Ensinam humildade, autoconfiança, equilíbrio entre corpo e mente e respeito mútuo”, afirma.

Atualmente, seus projetos envolvem a ampliação do judô e do jiu-jitsu social e esportivo no estado por meio da CBJK e LCJMS, em parceria com Fundesporte e a Confederação Brasileira de Desporto Visual (CBDV). Aos interessados em iniciar nas artes marciais, ele aconselha: “Defina uma meta, busque seus objetivos na sociedade, não tenha medo de exigir seus direitos, pratique e tenha orgulho da arte marcial que escolheu para a sua vida”.

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