Apartação | Lucas Castro | 28/01/2019 09h30

Pai e filho garantem juntos quase metade da premiação do Derby e Derby Classic 2019

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Antonio Sergio de Araújo e Antonio Sergio de Araújo Júnior dominaram a categoria Aberta da quinta edição do Derby e Derby Classic, torneio organizado pela Fazenda Gruta Azul (FGA), em Dois Irmãos do Buriti–MS, em parceria com a Associação Nacional do Cavalo de Apartação (ANCA). A competição, conhecida tradicionalmente por abrir a temporada, ocorreu nos dias 25 e 26.

Juntos, os Araújos faturaram R$ 103.791,00, somando-se Derby e Derby Classic 2019. O valor equivale a, aproximadamente, 47% de R$ 220.000,00, premiação total oferecida pela organização do evento esportivo. Antonio Sergio de Araújo foi quem mais se destacou, vencendo a prova da categoria no Derby, além de ter ficado em terceiro. No Derby Classic, o afamado cavaleiro garantiu três posições no resultado final: segundo, quarto e quinto lugares. Ao todo, “Araújo pai” levou para casa, nada mais, nada menos do que R$ 61.935,00.

(Foto: Emerson Freitas)

Não à toa, Antonio Sergio de Araújo é o competidor profissional mais premiado da temporada 2018/2019, segundo o ranking “Os melhores da temporada” da ANCA. Até o momento, o atleta acumulou R$ 133.471,18 em premiação. Na temporada passada, 2017/2018, o competidor terminou em segundo, ficando atrás de Rodrigo Taboga.

Antonio Sergio de Araújo (Foto: Emerson Freitas)

Antonio Sergio de Araújo Júnior, “Juninho” no recinto da Apartação, embolsou R$ 41.856,00. No Derby, garantiu o segundo e o quarto lugar. Já no Classic, terceiro e quinto. Nesse último, empatado com seu pai na pontuação. No ranking de mais premiados da atual temporada, Júnior não fica muito atrás, na terceira posição. Na 2017/2018, o competidor cravou o quinto lugar.

De Brotas–SP para Mato Grosso do Sul, pai e filho são treinadores profissionais de cavalo de apartação. Júnior é um dos responsáveis por treinar os animais da Fazenda Gruta Azul e conta que o contato e a paixão por cavalo vieram através de seu pai. “Como ele é treinador de apartação há muito tempo, sempre me espelhei, fui gostando de cavalo por volta dos 11 anos de idade e, por amor, comecei a treinar também. Vi que ser um treinador era o que queria para minha vida”, comenta Juninho ao Esporte Ágil.

A respeito do processo de treinamento para apartação, Juninho afirma que o animal começa a ser trabalhado quando está prestes a completar dois anos. O preparo dura, em média, dois anos, até que o cavalo esteja apto a competir sua prova inaugural, o Potro do Futuro. “Nessa prova, só correm animais da mesma idade e é uma das mais desejadas no âmbito da apartação. Dali em diante começa a carreira destes animais”, ressalva.

Antonio Sergio de Araújo Júnior, "Juninho" (Foto: Emerson Freitas)

Na apartação, pode-se dizer que quem faz 80% da prova é o animal, considerado a “estrela” das competições esportivas, por possuir o “senso de boi” apurado, característica intrínseca em linhagens de cavalos e éguas apartadores, principalmente os da raça Quarto de Milha. “Na apartação, que é uma prova muito técnica, é só deixar o cavalo pronto que ele faz praticamente tudo sozinho. No julgamento, hoje em dia, os juízes procuram cavalos perfeitos, muito bem treinados, que se movimentam bem, ficam bem posicionados em relação ao boi. Então, são dois anos de treinamento de aperfeiçoamento, para o cavalo ir fazendo com amor o que ele gosta”, relata o treinador.

“Durante esses dois anos, por ser um caminho longo, acabamos pegando um amor, uma afinidade muito grande com o cavalo e ele com a gente”, finaliza Juninho.

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