Quarta-feira, 20 de agosto de 2025, 03:18

“Se eles conseguem, eu também posso”, diz jovem piloto de velocross de MS

da redação - 14 de ago de 2025 às 15:44 89 Views 0 Comentários
“Se eles conseguem, eu também posso”, diz jovem piloto de velocross de MS Da Redação

A paixão de Kaliny Ávila pelo velocross começou dentro de casa. Filha e irmã de pilotos, ela lembra que a primeira aproximação com o esporte veio por influência direta da família. “Desde pequena eu sempre gostei de moto, mas meu primeiro contato com o velocross mesmo foi por causa do meu pai e irmão que já andavam”, afirma a jovem, que tem 18 anos e é natural de Anastácio. 

 

A inspiração para competir surgiu ao acompanhar de perto o ambiente das corridas e o entusiasmo de quem participava. “Minha maior inspiração foi ver meu irmão e a galera competindo e se divertindo ao mesmo tempo. Eu pensei: ‘Se eles conseguem, eu também posso’. E aí comecei a correr atrás, literalmente”, recorda.

 

No início da trajetória, tudo era novidade. Kaliny precisou se adaptar ao equipamento, às técnicas de pilotagem e ao clima das competições. “Foi falta de experiência mesmo. Tudo era novidade: entender a moto, as técnicas, e até lidar com o nervosismo antes da largada. Sem contar que, como em qualquer esporte, tem gente que duvida de você no início, e isso acaba te desafiando mais.”

 

A preparação para as provas envolve tanto treinos na pista quanto atividades fora dela. “Eu treino na pista sempre que posso, mas também faço uns exercícios fora dela pra ganhar resistência e força, tipo pedalar e caminhar. No velocross, preparo físico faz muita diferença na hora de aguentar o ritmo”, explica.

 

No ambiente predominantemente masculino, Kaliny reconhece que enfrenta barreiras. “Ainda existe um certo preconceito, gente que acha que mulher não dá conta. Mas eu uso isso como motivação pra mostrar que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive no pódio.”

 

A primeira grande conquista veio com o primeiro pódio, momento que ela considera simbólico para sua evolução no esporte. “Foi emocionante porque vi que todo esforço e treino estavam valendo a pena.”

 

O apoio da família e dos amigos é parte essencial dessa caminhada. “Eles me apoiam muito, me ajudam nas corridas, me incentivam a continuar.” Além do incentivo emocional, há também o suporte técnico e prático, como na manutenção da moto antes das competições. “Sempre confiro a calibragem dos pneus, revisão de óleo, freios e suspensão”, detalha.

 

Para os próximos passos, Kaliny projeta um caminho de crescimento e aperfeiçoamento dentro do esporte. “Quero melhorar meus tempos, subir mais vezes no pódio e participar de campeonatos maiores. Sempre buscando evolução.”

 

Ao falar para outras meninas que sonham em competir no motociclismo, Kaliny resume a experiência em um conselho que vai além do esporte: “Treine muito, seja persistente, cuide da sua saúde mental e física, aprenda com os erros, seja confiante, e divirta-se.”

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