A torcida do São Paulo, que foi para a Avenida Paulista comemorar o título da Copa Libertadores nesta madrugada, acabou causando a maior depredação da história do Metrô. De acordo com a empresa, nunca houve um quebra-quebra como o sofrido nas estações Brigadeiro e Trianon em mais de 30 anos de operação.
Além de destruírem os metrôs, os são-paulinos quebraram telefones públicos, pontos de ônibus, semáforos, bancas de jornais e ainda saquearam lojas e bares. Um posto de gasolina na esquina da Avenida Paulista com a Rua Pamplona foi outro alvo da fúria dos torcedores, que pulavam sobre as bombas de combustível.
O saldo final foi de 50 detidos, sendo que 40 deles serão fichados - um por lesão corporal a um policial e três por desacato a autoridade.
Durante o conflito com a PM, os são-paulinos começaram a lançar pedras, rojões e bombas caseiras contra os policiais, que tiveram que chamar reforço e jogar bombas de efeito moral para tentar dominar a situação. Os torcedores correram para a Alameda Campinas, uma das ruas transversais à Avenida Paulista.
A violência não se restringiu apenas ao local em que os torcedores tinham se concentrado para festejar. No estádio do Morumbi, a polícia teve trabalho para controlar os assaltantes, que atacavam os torcedores que se dirigiam para o local do jogo.
Antes do jogo, um torcedor morreu ao ser baleado no rosto e na perna. Segundo uma testemunha, o tiro foi dado por um corintiano.