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Roque Valdez Júnior: o airsoft como disciplina, amizade e superação em Maracaju

da redação - 15 de out de 2025 às 14:43 59 Views 0 Comentários
Roque Valdez Júnior: o airsoft como disciplina, amizade e superação em Maracaju Da Redação

O airsoft, esporte que simula combates militares com equipamentos de pressão que disparam pequenas esferas plásticas, tem conquistado cada vez mais adeptos no Brasil e também no interior de Mato Grosso do Sul. Em Maracaju, um dos praticantes mais conhecidos é Roque Valdez Júnior, nascido em 8 de abril de 1996, que há oito anos encontrou no esporte uma forma de lazer, convivência e aprendizado.

 

Roque conheceu o airsoft por meio de um amigo da época de escola. “Foi ele quem me apresentou o esporte e mostrou como funcionava. A partir daí, comecei a buscar mais informações e decidi que não deixaria mais o airsoft fazer parte da minha vida”, relembra. Desde então, ele se tornou presença constante em eventos e operações realizadas por todo o estado.

 

O que mais o atraiu, segundo ele, foi o ambiente de companheirismo e a sensação de estar mais próximo das táticas e simulações inspiradas em forças especiais. “O que mais me atraiu no airsoft foram as amizades que o esporte proporciona. Também gosto muito do mundo do militarismo, e o airsoft me aproxima disso”, explica.

 

Apesar de ser um esporte que preza pela estratégia e pelo trabalho em equipe, Roque afirma que o maior desafio enfrentado pelos praticantes está fora do campo de jogo. “O principal desafio dentro do nosso esporte, infelizmente, são os valores dos equipamentos, que no nosso país são muito altos. Mas, fora isso, não tem dificuldade nenhuma, só é preciso vontade, honra e lealdade”, comenta.

 

As competições e operações de airsoft costumam reunir equipes de diversas cidades e até de outros estados. Roque participa com frequência desses encontros, sempre com o objetivo de se divertir e reforçar os laços com outros jogadores. “Participo geralmente das operações que acontecem em todo o estado. Times de várias cidades organizam eventos e recebem pessoas de fora também. Sempre que vou, procuro me divertir e não competir por troféus ou medalhas. O importante pra mim é sair feliz do evento”, destaca.

 

Mesmo com essa postura, ele já teve conquistas marcantes. “Tive minha primeira conquista este ano, em um evento na cidade de Bela Vista, a Operação Terminus Cap II, onde saí com o troféu de destaque na classe que jogo dentro do airsoft, a classe DMR”, conta.

 

Roque não segue uma rotina de treinos específicos. Ele costuma jogar apenas aos fins de semana, com amigos da cidade, e intensifica a preparação apenas quando há eventos fora de Maracaju. “Nos fins de semana fazemos jogos entre amigos. Para os eventos fora da cidade, nos preparamos um pouco mais, porque as equipes que organizam os eventos sempre dão suporte e estrutura para nos receber”, diz.

 

Mais do que um esporte de simulação, o airsoft também se tornou uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e coletivo. Para Roque, a prática contribui diretamente com o condicionamento físico, a resistência mental e, principalmente, o trabalho em equipe. “O airsoft ajuda muito no trabalho em equipe, porque sem isso não conseguimos cumprir os objetivos da missão. Também fortalece a resistência física e mental. Ter um bom relacionamento com os companheiros de equipe ajuda muito para cumprir as missões”, explica.

 

Ele também faz questão de incentivar quem ainda não conhece a modalidade a dar o primeiro passo. “Para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer, eu digo: procure saber mais, tire suas dúvidas, veja como funciona. Posso garantir que é um esporte viciante. Quem tiver a oportunidade, vá conhecer”, convida.

 

Nos últimos anos, o crescimento do airsoft no estado tem sido notável. “O airsoft cresceu muito em Mato Grosso do Sul e no Brasil todo. A cada ano aumenta o número de operadores no país”, observa Roque. Segundo ele, o aumento do interesse também trouxe mais organização, eventos e visibilidade para os praticantes.

 

Sobre o equipamento, Roque é enfático ao ressaltar a importância da segurança. “Os equipamentos essenciais são vários, mas o obrigatório de verdade é o óculos de proteção. Você não entra e nem joga sem óculos de proteção. Além disso, considero essencial uma boa máscara facial para proteger os dentes e um coturno de cano médio ou alto, para evitar acidentes, já que os jogos geralmente são feitos em lugares abandonados ou em matas”, orienta.

 

Mesmo com oito anos de experiência, Roque mantém viva a motivação e o desejo de seguir evoluindo no esporte. Seu próximo passo é participar de um evento de maior porte. “Se Deus quiser, quero ir em um evento nacional de airsoft ainda”, projeta.

 

Mais do que um hobby, o airsoft se transformou para Roque em um espaço de aprendizado, disciplina e amizade. Ao longo dos anos, ele percebeu que a essência do esporte vai muito além das simulações e equipamentos. Está no respeito entre os participantes, na cooperação e na superação coletiva. Em suas palavras, “é só ter vontade, honra e lealdade”.

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