Madri (Espanha) - O atacante Ronaldo afirmou que foi aconselhado por familiares a deixar a Seleção Brasileira após a campanha na Copa 2006, mas destacou que pretende continuar vestindo a camisa amarela.

Artilheiro do Brasil na Copa 2006, com três gols, o jogador do Real Madrid ainda se recupera de uma cirurgia e não jogou na estréia do Real Madrid no empate por 0 a 0 contra o Villarreal.

"Minha família quer que eu deixe a Seleção, mas eu quero continuar. Quem irá decidir será o meu amigo Dunga. Não farei pessão. Na minha carreira, eu nunca pedi favores", disse Ronaldo, em entrevista ao jornal Gazzetta dello Sport.

Para os primeiros amistosos sob o comando da Seleção Brasileira, Dunga optou por não chamar Ronaldo e Adriano, prestigiando os reservas Robinho e Fred do Mundial da Alemanha.

Ronaldo comentou os motivos para a campanha modesta na Copa 2006. "Queríamos ganhar e dar espetáculo. Em vez disso, cometemos muito erros, assim como de comportamento", completou.

O atacante do Real disse que acompanhou a final do Mundial da Alemanha em um restaurante em Nova York e destacou que a Itália mereceu a conquista do tetracampeonato, mas admitiu ter ficado surpreso com a atitude de Zidane, expulso após cabeçada em Materazzi.

"Zidane é tranqüilo. É verdade que foi provocado, mas se você reagir a todas as provocações em uma partida, haverá sempre uma longa lista de atletas expulsos", comentou.

O jogador falou sobre o início de trabalho com o novo técnico do Real, Fabio Capello. "Ele é um homem duro e de poucas palavras. Ele gosta que façam as coisas bem", acrescentou.