Roberta Iasmim Gomes de Oliveira, nascida em 23 de setembro de 2010 em Campo Grande e atualmente moradora de Ribas do Rio Pardo, encontrou no vôlei um propósito que organiza sua rotina e orienta seus planos. A descoberta do esporte aconteceu por acaso, durante um treino que acompanhou da prima. A experiência, segundo ela, marcou um ponto de virada. “Fui em um treino com minha prima e percebi que era o esporte que queria pra mim. Desde então continuei e comecei a evoluir”, relembra.

A partir desse contato inicial, Roberta passou a buscar mais espaço e oportunidades dentro da modalidade. O momento em que percebeu que poderia levar o vôlei a sério foi quando passou a integrar equipes e disputar competições com regularidade. “Quando entrei para o time da Fênix e comecei a jogar campeonatos, fora e dentro da cidade, vi que dava para seguir em frente. Também fiz uma seletiva no time de Campo Grande e passei”, explica. O avanço para níveis mais altos reforçou que o caminho escolhido poderia ser mantido a longo prazo.

A atleta destaca o papel da família e dos amigos na sustentação dessa trajetória. “Tenho muito apoio da minha família e dos meus amigos”, afirma. Para ela, esse suporte tem relação direta com a segurança para lidar com as exigências do esporte e com as dúvidas que surgem pelo caminho. Mesmo assim, conta que enfrentou momentos de desistência, mas encontrou formas de retomar. “Meu maior desafio foi ver que eu consigo. Mesmo desistindo em alguns momentos, com muito esforço voltei de novo e provei para mim mesma que consigo.”

Entre suas conquistas mais importantes, Roberta destaca o processo de evolução técnica e emocional. “Me ver evoluir e entrar em times que jamais imaginaria”, resume. Para ela, cada etapa em uma equipe diferente e cada experiência em campeonatos representam avanços que vão além do desempenho dentro de quadra.

A rotina atual é dividida entre estudos e treinos. Estudante do 9º ano, ela frequenta a escola pela manhã e treina à noite, quatro vezes por semana. A conciliação, segundo conta, é um ponto central para quem busca continuidade no esporte. A disciplina do dia a dia também tem relação com os aprendizados que o vôlei trouxe para sua vida. “O vôlei me ensinou que minha capacidade é maior, que posso aprender mais e seguir sempre de cabeça erguida”, afirma.

A jovem atleta também fala sobre a forma como lida com as expectativas e com a pressão por desempenho, comuns a quem participa de competições frequentes. “Nem sempre sai o resultado que a gente gostaria, mas sigo de cabeça erguida. Nunca deixei o esporte por causa de um resultado que não me agradou.” A compreensão dos resultados como parte do processo tem ajudado Roberta a manter estabilidade emocional mesmo em momentos de frustração.

Para o futuro, a atleta não estabelece metas específicas de torneios ou marcas, mas tem um objetivo simples e direto: continuar avançando. “Meus objetivos são evoluir muito mais.” A frase resume seu pensamento atual, estruturado mais no processo do que em resultados imediatos.

Entre treinos, escola, deslocamentos e competições, Roberta organiza sua adolescência em torno de uma frase que parece guiar sua visão de longo prazo: “Provar pra mim mesma que consigo.” É a partir dessa ideia que ela planeja seguir crescendo no esporte e construindo sua trajetória no vôlei sul-mato-grossense.