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Raphael Xucrute: O esporte é uma ferramenta que transforma

da redação - 7 de out de 2025 às 14:04 88 Views 0 Comentários
Raphael Xucrute: O esporte é uma ferramenta que transforma Da Redação

Natural de Paranaíba, no interior de Mato Grosso do Sul, Raphael dos Santos Federice, conhecido no mundo das lutas como Xucrute, construiu sua trajetória nas artes marciais com base em disciplina, fé e superação. Aos 31 anos, o atleta soma 15 anos dedicados ao esporte e uma rotina que combina treinos intensos, família, trabalho e religião.

 

“Eu iniciei primeiro no muay thai em 2010. Em 2012 comecei o jiu-jitsu com o mestre Radir Júnior, aqui em Paranaíba. Em 2013 comecei a competir no muay thai amador e também em campeonatos de jiu-jitsu. Em 2015 fiz minha estreia no MMA. Já são 15 anos de artes marciais”, conta o lutador.

 

Desde o início, Raphael teve como principal influência um amigo da família, que o levou pela primeira vez a uma academia. “As minhas influências na época foram, primeiro, um amigo do meu pai. Quando comecei a treinar, ele já lutava MMA e jiu-jitsu. Foi ele quem me levou pela primeira vez a uma academia de luta, o lendário Pabulo Cascão. Sou muito grato a ele, porque me apresentou às artes marciais. Naquela época, eu tinha 15 anos”, relembra. Além disso, ele cita grandes nomes do esporte como inspirações: “Admirava as lendas Anderson Silva, Wanderlei Silva, Demian Maia, Crocop e Minotauro”.

 

Hoje, a rotina de Raphael é dividida entre treinos, aulas e compromissos pessoais. “O MMA é bem intenso. Treino todos os dias muay thai e jiu-jitsu e faço treinos específicos de MMA três vezes por semana para aprimorar minhas técnicas”, explica. O desafio, segundo ele, está em conciliar o esporte com as demais responsabilidades. “O meu maior desafio é conciliar a rotina de trabalhar na minha academia dando aula, cuidar da minha família e servir o reino de Deus na minha igreja. É uma rotina pesada, mas tenho bastante disciplina e constância.”

 

Com 11 lutas no MMA e centenas de participações em torneios de jiu-jitsu, Raphael acumula experiência e conquistas marcantes. Entre elas, uma em especial ocupa lugar de destaque em sua memória: “A luta que me marcou foi quando ganhei meu cinturão de MMA no evento TDL, contra o Gabriel Malvado. Foram cinco rounds e ganhei por decisão unânime. Foi uma luta muito emocionante.”

 

Representar sua cidade também é motivo de orgulho. “Fico muito feliz e grato de levar o nome da minha cidade por todo o estado do Mato Grosso do Sul e São Paulo. É uma honra mostrar o quanto o jiu-jitsu e o MMA da nossa cidade são fortes”, afirma.

 

Apesar do orgulho e da dedicação, Raphael reconhece que o cenário do MMA em Mato Grosso do Sul enfrenta dificuldades. “Nos últimos anos, está tendo poucos eventos de MMA no nosso estado. Os nossos políticos devem investir mais no esporte e nos eventos. O esporte é uma ferramenta que transforma a vida dos jovens, tirando-os das drogas e da criminalidade”, defende.

 

A falta de incentivo, segundo o atleta, é um dos principais obstáculos para quem busca se profissionalizar. “Muitas vezes, a falta de apoio dos políticos e de incentivo no esporte desanima alguns atletas. Para ser um atleta de ponta, o custo é alto — envolve dieta, suplementação e preparação constante.”

 

Além da força física, Raphael destaca o papel da fé na sua preparação para as lutas. “Eu lido com a pressão orando antes da luta. A oração tem poder. Gosto de escutar louvores e conversar com meus corners também antes da luta”, conta.

 

O lutador reforça que a espiritualidade é um pilar essencial em sua vida. Ele acredita que o equilíbrio entre o corpo, a mente e a fé é o que o mantém firme em sua jornada esportiva e pessoal. “Servir o reino de Deus é parte da minha rotina. Tudo que faço, tento colocar nas mãos Dele.”

 

Com o olhar voltado para o futuro, Raphael traça metas ambiciosas. “Meus próximos objetivos são ser campeão brasileiro e sul-americano de jiu-jitsu e conquistar mais um cinturão de MMA. Ano que vem, se Deus quiser, pretendo lutar fora do país.”

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