Da Redação
Aos 13 anos, o douradense Rafael Vinicius Santos Corrêa, do DS Ubiratã, vive uma rotina dividida entre os treinos de futebol e os estudos. Nascido em 6 de outubro de 2011, ele representa a nova geração de meninos que sonham em transformar a paixão pelo esporte em carreira.
A relação dele com o futebol começou cedo, dentro de casa, por influência direta do pai. “Através do meu pai, ele me incentivou a começar a jogar”, relembra. A figura paterna foi determinante para que o garoto tivesse o primeiro contato com a bola, mas também está ligada ao maior obstáculo que Corrêa já enfrentou até agora. “Minha dificuldade foi o falecimento do meu pai”, conta. Apesar da perda, ele continua firme nos treinos, amparado por quem está ao seu redor.
O apoio da família aparece em praticamente todas as respostas do jovem. “Minha família representa inspiração, eles que me ajudam a continuar”, afirma. Além dos parentes, Corrêa destaca a fé e a confiança no trabalho do treinador que o acompanha. “Minha família, Deus e meu treinador” formam, segundo ele, a base que sustenta o caminho até aqui.
O momento mais marcante da curta trajetória até agora aconteceu em uma competição realizada em Miranda. “Meu jogo mais marcante foi o campeonato Miranda Cup. Lá fiz bons jogos, consegui ajudar minha equipe e conseguimos ser campeão, bi”, lembra. A lembrança mostra a ligação entre desempenho individual e conquista coletiva, algo que ele já reconhece como essencial no esporte.
A rotina é puxada, mas organizada. “Treinar de manhã e à tarde escola, e vai indo”, resume Corrêa, que já aprendeu a dividir o tempo entre os estudos e os treinos. A disciplina é tratada como parte natural do processo de formação, seja no campo ou na sala de aula.
O maior sonho é claro e objetivo. “Meu maior sonho é ser jogador profissional e dar orgulho para minha família”, revela. O desejo se conecta com a motivação que o move diariamente: honrar a memória do pai e transformar o esforço atual em resultado no futuro.
Sobre preferências dentro do futebol, Corrêa não se prende a um único clube. “Não tenho preferência de clubes, mas se fosse para mim escolher era pro Corinthians”, admite, ao ser questionado sobre qual camisa gostaria de vestir caso tivesse a oportunidade.
Mesmo jovem, ele já tem uma visão crítica sobre a realidade do futebol no Mato Grosso do Sul. “Eu enxergo que é muito pegado os jogos. Para valorizar, podia juntar todas as escolinhas e fazer umas peneiras para clubes”, sugere. A proposta mostra a percepção de que é preciso dar mais visibilidade aos atletas locais, abrindo espaço para que os talentos da região sejam descobertos.
Além disso, Corrêa deixa um recado para outros meninos e meninas que compartilham do mesmo sonho. “Meu conselho é nunca desistir dos seus sonhos. Tem que ter fé, um dia a oportunidade chega”, afirma.