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PM prepara operação de guerra para jogo da Ponte e São Paulo

ge.net - 18 de out de 2005 às 12:00 271 Views 0 Comentários
PM prepara operação de guerra para jogo da Ponte e São Paulo

A Polícia Militar de Campinas resolveu tomar medidas extremas de segurança para a partida desta quarta-feira, às 20h30, entre Ponte Preta e São Paulo, no estádio Moisés Lucarelli. A morte do ponte-pretano Anderson Ferreira Tomás, vulgo "Conde", ex-membro da Torcida Jovem da Ponte, por membros da Torcida Independente sub-sede Campinas, deixou os oficiais em alerta para o confronto, remarcado pelo STJD por ter sido apitado por Edílson Pereira de Carvalho e com distribuição gratuita de ingresso.
A PM já alertava para os riscos existentes por se tratar de um jogo repetido, em que a Ponte havia vencido por 1 a 0. Agora, com a morte de "Conde", a própria diretoria do clube se prepara para o pior. "Só o jogo nos trazia preocupação, pois, com a anulação da primeira partida, perdemos três pontos. Isso já revoltou a torcida. Agora, com essa morte, a preocupação aumenta", disse Jerônimo Tognolo, diretor administrativo da Macaca, ao jornal Folha de S. Paulo.

Para quarta, o efetivo de policiais foi aumentado para 450 homens, espalhados pelas cercanias do Majestoso, que contará com oito cordões de isolamento nas ruas para evitar a aproximação de quem não conseguiu o seu ingresso. Os são-paulinos que sairão da Capital sentido a Campinas serão escoltados pela polícia a partir da saída - marcada para o Largo do Paissandu -, desde a rodovia até o estádio.

Foragido - Anderson Tomás foi brutalmente atacado por membros da Independente Campinas ao tentar pegar o seu ingresso no Moisés Lucarelli, nesta segunda-feira. Ele pegou um ônibus circular e desceu próximo a bilheteria destinada à torcida visitante, que recebeu uma carga de 2,5 mil das 20 mil entradas. Avistado por um grupo de 15 são-paulinos, "Conde" foi perseguido e acabou sendo espancado por pauladas e pedaços de ferro.

Socorrido pelo Corpo de Bombeiros, o ponte-pretano ainda deu entrada com vida no Hospital Municipal Mário Gatti às 10h40, sofreu três paradas cardíacas e faleceu às 11h30, com traumatismo no crânio-encefálico. "Conde" estava com o rosto desfigurado e já tinha perdido parte da massa encefálica nas calçadas do estádio.

Após o incidente, a polícia se dirigiu até a sede da Independente Campinas, no centro da cidade, e prendeu sete torcedores, sendo dois reconhecidos por testemunhas como autores do crime, Rubens Gomes de Melo, 25, e Antônio Maria da Silva, 35. Ambos foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, enquanto os demais acabaram autuados por porte de armas ilícitas e entorpecentes, que estavam no local na hora da chegada dos oficiais.

O presidente da Independente Campinas, Marcos Paulo Moraes, vulgo "Fofão", está foragido desde a hora do crime. Testemunhas o reconheceram como um dos 15 agressores de "Conde" e a polícia já abriu inquérito para sua procura. Funcionários da Ponte Preta não podem ajudar nas investigações pois não viram o momento do massacre, que aconteceu fora do alcance da vista dos bilheteiros.

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