Guarulhos (SP) - Nem mesmo o clima festivo em Guarulhos tirou o ala Falcão, melhor jogador de futsal do mundo, de seu principal objetivo na carreira. Após a goleada por 11 a 0 sobre a Venezuela, o camisa 12 brasileiro afirmou que já pensa no Mundial do Rio de Janeiro, em 2008, onde espera conquistar com a seleção o hexacampeonato do torneio.
"Quando perdemos o primeiro Mundial, encaramos como azar. Quando perdemos o segundo, abrimos o olho. Então temos que jogar, tem que ter a consciência de que não basta jogar só com o nome. Temos que treinar muito para fazer valer o fator casa e não deixar escapar o título mundial", afirmou Falcão.
"Temos que estar focados o tempo inteiro, nosso foco é o Mundial. Sabemos que tem momentos em que dá para fazer algo para a torcida, outros que não dá, mas estamos concentrados e conscientes de que o objetivo é o título mundial", disse o camisa 12, que declarou que ficará uma lacuna muito grande em sua carreira caso não consiga o triunfo mundial.
No entanto, mesmo com toda a concentração em busca do maior objetivo de sua carreira, Falcão também aproveitou o clima de festa. Ao fazer o nono gol brasileiro, seu segundo na partida, o camisa 12 apontou para o atacante são-paulino Diego Tardelli, seu amigo dos tempos de São Paulo. "Foi para ele (Tardelli). Ele chegou no finalzinho, vi ele chegando e fiz esse gol para ele".
Além disso, Falcão clamou por mais partidas da seleção brasileira de futsal em São Paulo, lugar onde se pratica muito a modalidade. "Vemos que em cada bairro há três ou quatro quadras de futsal, o pessoal aqui em São Paulo adora futsal. Eu que sou paulistano sei disso, então foi muito bom rever amigos, ver esse ginásio lotado, muita gente para fora. Temos que voltar aqui várias vezes, o público sempre participa bastante", finalizou o ala, que marcou três gols nesta segunda-feira e chegou à marca de 203 em 151 partidas com a camisa do Brasil.
No final da partida, Falcão foi homenageado com um troféu relativo aos 203 gols feitos com a camisa da seleção brasileira. O camisa 12 também levantou o troféu ganho pelo Brasil pelas duas vitórias nos amistosos contra a Venezuela na condição de capitão da equipe.