São Paulo (SP) - Vontade não falta, mas a presença do armador Leandrinho Barbosa na seleção brasileira masculina de basquete para o Pré-olímpico, em agosto, nos Estados Unidos, continua incerta. "Risco (de ficar fora) sempre tem", admitiu o jogador nesta quarta-feira, em São Paulo, onde passa férias e se recupera de cirurgia.
"Já falei que quero jogar, mas eles sabem que para participar tenho que cuidar do braço". A lesão no cotovelo não é o único empecilho à presença do atleta na equipe. Segundo Leandrinho, as franquias norte-americanas mantêm um pé atrás quanto as liberações por medo de receber o atleta lesionado e pelo risco de não pagamento do seguro.
Notícias como a envolvendo a pivô Alessandra no Mundial feminino e de Pau Gasol no masculino só pioraram a situação. Alessandra se machucou durante o evento e teve problemas para receber o seguro. Gasol sofreu uma lesão e perdeu quase metade da temporada.
"O motivo de eles não quererem me liberar, ou a jogadores de outros times, foi esta notícia (de Alessandra)", admite o armador. "Eu fiquei preocupado porque gosto de jogar pelo Brasil. Até hoje eles têm (receio), principalmente com este negócio do braço. Acho que tudo depende de conversar e entrar em um acordo".
Segundo Leandrinho, a Federação Internacional de Basquete (Fiba) e a NBA fizeram uma reunião para garantir a liberação dos jogadores, mas até o momento a situação segue indefinida por causa da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
"Que eu saiba não há nada conversado ainda. Espero que a CBB converse com eles o mais rápido possível", diz. "Eu continuo insistindo, tenho certeza que fazendo um bom trabalho neste braço e estando 100%, vou poder estar lá".
Procurada pela Gazeta Esportiva.Net, a assessoria de imprensa da Confederação informou que o contato foi feito com todas as franquias que têm brasileiro. Phoenix e New Orleans Hornets, onde atua Marcus Vinícius, já responderam com os valores a serem pagos como seguro.
De acordo com a CBB, Cleveland Cavaliers, de Anderson Varejão, e Utah Jazz, de Rafael Araújo, o Baby, ainda não informaram os valores porque negociam a renovação de seus contratos. Enquanto a Confederação não pagar o seguro nenhum jogador da NBA pode entrar em quadra nem para treinamento.