Vencida pela dupla David Muffato/Ruy Chemin, a 21ª edição da Cascavel de Ouro, prova disputada no último domingo no Autódromo Internacional de Cascavel, atingiu as metas traçadas pelos organizadores. "Nosso objetivo, desde o início, era ter pelo menos 50 pilotos no grid, e esse foi exatamente o número de inscrições que nós recebemos", informa Juraci Massoni, presidente do Automóvel Clube de Cascavel, entidade promotora do evento. O número considerado expressivo pelo dirigente ganha expressão diante dos fatores contrários ao sucesso da Cascavel de Ouro. "Primeiro, porque a prova aconteceu num fim de semana de feriado prolongado. Depois, porque tivemos, no mesmo dia, uma prova do Campeonato Metropolitano de Londrina, isso impediu que tivéssemos pilotos daquela região no grid", enumera Massoni. "Se não fosse isso, acho que teríamos seis ou sete pilotos de lá". O número satisfatório de pilotos participantes é atribuído ao presidente do Automóvel Clube ao item do regulamento que não permitiu a participação, em um mesmo carro, de dois ou mais pilotos que disputaram o Campeonato Regional de Marcas "N" nesta temporada. "O pessoal reclamou um pouco no início, mas todo mundo teve que correr atrás de parceiros e, com isso, trouxemos pilotos de outras cidades e até alguns que já estavam inativos", comemora. Resgatada no ano passado após cinco temporadas fora do calendário, a Cascavel de Ouro correu o risco de não acontecer em 2004. "Toda essa situação caminhava para um patrocínio do Município, mas no final o prefeito (Edgar Bueno) se recusou a apoiar o evento. Sem verba, nós cogitamos cancelar a prova, mas o Automóvel Clube decidiu tomar frente da situação e a corrida aconteceu. Não deu lucro, mas também não deu prejuízo", contabiliza.
Até mesmo o saldo zerado na contabilidade do evento foi visto com alívio por Juraci Massoni. "É só considerar que o nosso Regional de Marcas teve seis etapas e todas deram prejuízo ao Automóvel Clube", exemplifica. "Poderíamos até ter posto dinheiro em caixa com a Cascavel de Ouro, mas para isso precisaríamos trabalhar na promoção da prova pelo menos uns três meses. Com a negativa do prefeito, só tivemos 30 dias para esse trabalho". Mesmo antes do encerramento do calendário nacional, Juraci Massoni diz já estar fazendo anotações com vistas à Cascavel de Ouro de 2005. "Eu participei de muitas edições da prova como piloto, e o evento tinha expressão nacional. É isso que nós queremos resgatar, uma prova dessa importância não pode ficar no âmbito regional ou estadual", entende. "Durante o ano, vamos trabalhar para fazer a Cascavel de Ouro junto com uma categoria nacional". Juraci espera anunciar a data da próxima edição ainda no início de 2005. "Com certeza não vai ser durante fim de semana de feriadão, e nem em dia com várias provas no Paraná. No último domingo, o Metropolitano de Londrina reduziu o nosso número de participantes, e a arrancada de tratores em Maripá levou uma boa parte do público. Vamos ter um ano inteiro para fazer a coisa acontecer, e vai ser um evento de sucesso em todos os aspectos", ele espera.