São Paulo (SP) - O mistério sobre a doença que forçou o afastamento do ala/pivô Nenê Hilário por tempo indeterminado da NBA foi revelado nesta terça-feira. Em nota oficial, a assessoria de imprensa do atleta confirmou que o brasileiro foi submetido na noite desta segunda-feira em Denver à um cirurgia para retirada de um tumor, ainda não classificado como benigno ou maligno. O comunicado, porém, não explicita o local do corpo de Nenê afetado.

"O procedimento foi considerado bem-sucedido e, por recomendação médica, o atleta permanecerá em repouso aguardando orientação sobre futuros procedimentos e tratamentos", consta na nota, que também dá o prazo para que seja descoberto se o abscesso tem ou não origem cancerígena. "A decisão pela operação foi tomada pela junta médica que cuida do caso e o resultado dos exames conclusivos deverá ser conhecido até o fim da semana".

Nenê se licenciou por tempo indeterminado do Denver Nuggets na última sexta-feira, ficando de fora da partida contra o Orlando Magic. O afastamento chocou não só a torcida, mas também a todo o elenco da franquia do Colorado, a outros amigos de Nenê, como o ala/pivô do Cleveland Cavaliers, Anderson Varejão, e membros da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).

Maybyner Rodney Hilário, de 25 anos e natural de São Carlos (interior de São Paulo), foi o primeiro jogador da atual geração do basquete brasileiro a conseguir uma vaga na NBA, após ser recrutado em 2002 no draft pelo New York Knicks na sétima posição geral - à frente de jogadores de destaque na Liga, como o pivô Amare Stoudemire (Phoenix Suns) e os alas Carlos Boozer (Utah Jazz), Tayshaun Prince (Detroit Pistons) e Caron Butler (Washington Wizards).

Em seis temporadas na Liga Norte-americana de Basquete, Nenê disputou 304 partidas oficiais (289 pela temporada regular e 15 em playoffs), sendo 201 delas como titular e marcou, no total, 3.823 pontos (média de 12,6 por partida). Na atual edição da NBA, o brasileiro, que ficou afastado durante grande parte da competição por causa de uma lesão na mão esquerda, disputou apenas 12 jogos, com média de 6,4 pontos e rebotes.