Favorita ao título, a seleção norte-americana vais disputar praticamente um prêmio de consolação contra o Brasil. Para a equipe da casa, o significado é diferente. Com todos os problemas estruturais, o técnico Antonio Carlos Barbosa acredita que manter o time entre os quatro melhores já é uma conquista.
"Temos que pôr os pés no chão e entender as limitações", diz o treinador. "Se você tem o melhor time e não chega é complicado. O time precisa ter a cabeça muito boa para lidar com isso", explica o treinador em um paralelo com a situação da seleção feminina de vôlei nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004. "Conosco é diferente, quando enfrentamos a República Tcheca (quartas-de-final) muitos nos davam como fora. Estarmos entre os quatro surpreende a todos".
Para as jogadoras, o bronze tem peso de ouro como destaca a ala/armadora Helen. "Para elas (a eliminação) foi um baque até maior que para nós. Terceiro, quarto lugar para nós é lucro, para elas não. É mais difícil engolir, mas elas vão querer uma medalha de qualquer jeito", avalia a jogadora, lembrando que as adversárias já não brilham mais sozinhas no cenário internacional. "Elas já não são as melhores, mas vão vir mordidas".
Iziane, destaque brasileiro na competição, lembra que o grupo precisa levantar a cabeça e garantir a medalha. Mas o páreo não vai ser fácil porque as norte-americanas já avisaram que não estão dispostas a fechar campanha com derrota. O time, campeão das duas últimas edições do torneio, quer o bronze como compensação.
"Elas vão vir mordidas porque estão muito frustradas", alerta a pivô Alessandra. "Mas temos que ir para cima", completa a jogadora.
Brasileiras e norte-americanas já se enfrentaram oito vezes em mundiais. Os Estados Unidos venceram cinco vezes, a última na edição de 98. As três vitórias brasileiras foram conquistadas em 1953 (29 a 23), 67 (56 a 44) e 94 (110 a 104), quando o Brasil conquistou o título.