Stuttgart (Alemanha) - O fato de Daiane dos Santos, 24, não estar 100% fisicamente e Daniele Hypólito, 22, não conseguir se destacar, associado à atuação arrebatadora de Jade Barbosa, faz com que o Mundial de Stuttgart evidencie a renovação na seleção brasileira feminina de ginástica artística.
"É um processo natural. Aconteceu o mesmo quando Daniele despontou e superou Luisa Parente e Soraya Carvalho", diz Eliane Martins, supervisora de seleções da CBG.
O Mundial só reforça a tendência iniciada no Pan-2007, quando Jade e Laís Souza foram os maiores destaques do país nas finais individuais.
"Não se trata apenas de agora. A Laís já se destacara no ano passado [quando avançou a todas as finais], mas o restante das meninas não tinha idade para participar de competições adultas", afirma Iryna Ilyaschenko, que treina a seleção há oito anos.
Enquanto Jade, 16, e Laís, 18, pela média das notas em Stuttgart, obtiveram respectivamente 15,2 e 14,570 pontos em cada aparelho em que atuaram, Daiane e Daniele tiraram 14,100 e 14,090.
Segundo Eliane, Jade, Khiuani Dias, 15, e Ana Cláudia Silva, 15, só conseguiram suportar a estréia no Mundial sem comprometer a equipe devido à melhor formação. "As ginastas não dispunham das condições de treino de hoje. Daiane e Daniele são as únicas que viveram esses dois momentos", diz.