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“Meu maior sonho é deixar uma marca positiva no esporte”, diz goleira de futsal de Sidrolândia

da redação - 24 de set de 2025 às 15:09 108 Views 0 Comentários
“Meu maior sonho é deixar uma marca positiva no esporte”, diz goleira de futsal de Sidrolândia Da Redação

A trajetória de Michelle Sampaio de Lara, nascida em Campo Grande no dia 7 de março de 2001, é marcada pelo futsal. Atualmente goleira do time Hórus, de Aquidauana, ela iniciou sua caminhada ainda criança, em Sidrolândia, onde encontrou no esporte um espaço de crescimento e desafios que moldaram sua vida.

 

Michelle começou no futsal aos 12 anos de idade. O início, como ela lembra, não foi simples. “No começo, enfrentei muitas dificuldades. Acho que a principal foi lidar com o medo: medo da bola, dos chutes fortes e até de errar. Ser goleira é assumir uma responsabilidade enorme, porque qualquer falha pode acabar em gol, e isso pesa muito no início”, conta.

 

A posição debaixo das traves, que hoje define sua trajetória, não foi uma escolha inicial, mas uma oportunidade que se transformou em paixão. “Meu treinador me colocou no gol quando comecei a jogar, acabei pegando amor pela posição e fiquei. Sempre gostei da adrenalina de defender chutes difíceis”, explica.

 

Entre altos e baixos, a goleira destaca momentos que marcaram sua caminhada. Em 2022, ela viveu uma das conquistas mais importantes, quando seu time levantou o título do tradicional Campeonato Pelezinho, em Campo Grande. “O jogo mais marcante da minha carreira até agora foi quando fomos campeãs do Pelezinho em 2022”, recorda.

 

Atualmente, Michelle enfrenta um período diferente. Uma lesão no ligamento cruzado anterior (LCA) e nos meniscos a afastou dos treinos. “Hoje em dia não treino, estou enfrentando uma lesão do LCA e dos meniscos”, relata. Mesmo assim, o desejo de seguir no esporte e continuar sua história no futsal não diminuiu.

 

Quando fala sobre referências, a goleira é direta: não tem inspirações específicas no futsal ou no futebol. Sua motivação vem da relação construída com a posição e da vontade de continuar jogando. Ainda assim, reconhece a importância de fortalecer o esporte e ampliar as oportunidades para outras atletas. “Eu acredito que o futsal feminino já conquistou muito espaço, mas ainda temos um longo caminho pela frente. O que mais precisa melhorar é a visibilidade e o apoio. Muitas atletas talentosas acabam desistindo por falta de investimento, de estrutura e de oportunidades iguais às que existem no masculino”, avalia.

 

A rotina de Michelle vai além das quadras. Durante o dia, ela trabalha em uma academia. À noite, estuda na faculdade. Essa divisão entre esporte, trabalho e estudo é um retrato comum entre atletas do futsal feminino, que precisam conciliar diferentes responsabilidades diante da ausência de estrutura profissionalizada em muitos lugares.

 

Mesmo com obstáculos e dificuldades, ela mantém firme seus objetivos dentro do futsal. “No fim das contas, meu maior sonho é olhar para trás e saber que deixei uma marca positiva no esporte, ajudando a fortalecer ainda mais o futsal feminino”, diz.

 

Com apenas 24 anos, Michelle já soma mais de uma década ligada ao futsal. O tempo a fez compreender que, mais do que resultados, a prática esportiva representa um caminho de transformação, especialmente para as novas gerações. Por isso, faz questão de deixar uma mensagem para meninas de Sidrolândia, de Mato Grosso do Sul e de outros lugares que sonham em seguir a mesma trajetória. “A mensagem que eu gostaria de deixar é: nunca deixem de acreditar no sonho de vocês. Sei que o caminho nem sempre é fácil, ainda mais no futsal feminino, mas com dedicação, disciplina e amor pelo que fazem, tudo é possível.”

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