Londres (Inglaterra) - Em nota oficial divulgada nesta quinta-feira, a McLaren admitiu que informações protegidas da Ferrari estavam mais "disseminadas" dentro da equipe do que foi anteriormente analisado e pediu desculpas à escuderia rival, assim como à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e aos fãs da Fórmula 1.
"Como resultado das investigações realizadas pela FIA ficou claro que as informações da Ferrari estavam mais disseminadas dentro da McLaren do que foi divulgado anteriormente. A McLaren lamenta que suas investigações internas não tenham identificado esses dados e mandou uma carta ao Conselho Mundial para se desculpar", afirma o comunicado.
A equipe britânica também se dispôs a não desenvolver na próxima temporada as partes do carro que teriam sido influenciadas por dados sigilosos da escuderia italiana.
"Para evitar que informações da Ferrari influenciem nossa performance em 2008, a McLaren ofereceu à FIA um estudo detalhado garantindo a moratória no desenvolvimento de três sistemas independentes", informou a equipe do britânico Lewis Hamilton.
Na declaração, a escuderia de Ron Dennis também afirma que "gostaria de fazer um pedido público de desculpas à FIA, à Ferrari, à comunidade e fãs da Fórmula 1 e garantir que está fazendo mudanças para evitar que algo parecido possa acontecer novamente".
A McLaren foi multada em US$ 100 milhões (cerca de R$ 177 milhões) e excluída do Mundial de Construtores em setembro pelo escândalo de espionagem. Os dados foram encontrados na casa do ex-projetista-chefe, Mike Coughlan.
A FIA recusou-se nesta semana a liberar o carro de 2008 da equipe, após novas suspeitas de que o novo modelo também tivesse sido influenciado pela espionagem. A decisão foi adiada para fevereiro.
Com informações da agência Reuters.