Foi pensando nisso que, quando pediu para ser liberado pelo técnico Antônio Lopes, no último domingo, o atacante pediu também para que a decisão fosse mantida em segredo. Até para o elenco.
Lopes aceitou e evitou falar no assunto. Até Tevez deixar o campo na última quarta dizendo que não jogaria no domingo nem se ele mandasse. Foi quando o treinador contou o acordo, sem saber explicar por que a decisão não havia sido anunciada.
O segredo foi mantido e quase nenhum jogador soube da liberação. O zagueiro Betão, melhor amigo do argentino e seu companheiro de quarto na concentração, foi um dos poucos informados sobre a viagem.
\\\"Entrei no quarto do Betão e quando vi o Xavier estava lá. Não entendi nada\\\", disse o zagueiro Sebá.
Betão era o único capaz de dar detalhes, mas não muitos. Disse que o amigo havia pedido dez dias para uma preparação especial com a seleção argentina, não conseguiu e pediu para, pelo menos, viajar para conversar com a comissão da seleção de seu país.
Tevez, que ainda não tem vaga assegurada no ataque da Argentina, esforça-se para agradar aos responsáveis pela equipe nacional.
O mistério era para evitar problemas. O plano não deu certo. O segredo, agravado pela reclamação em má hora do argentino, fez com que teorias e mais teorias fossem criadas e a primeira crise do ano se instalasse no elenco corintiano. Segredo que ainda irrita Antônio Lopes.