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Levar família para o crossfit muda rotina de treinador de Miranda

da redação - 19 de ago de 2025 às 15:32 50 Views 0 Comentários
Levar família para o crossfit muda rotina de treinador de Miranda Da Redação

Natural de Miranda (MS), Evaldo da Silva Correa Junior começou no crossfit em agosto de 2015, na Crossfit Pantaneiros. A ideia inicial era aprender e trabalhar na área. “Comecei o crossfit em agosto de 2015 na Crossfit Pantaneiros com intuito de aprender e trabalhar na área”, relembra.

 

O interesse em se tornar treinador surgiu da curiosidade e da necessidade de compreender um método ainda recente no Brasil. “Era um método novo de treinamento e muito escasso de profissionais, que todos falavam mal porque estava começando a crescer no meio dos esportes. Queria aprender mais antes de tirar as próprias conclusões sobre o método crossfit”, explica.

 

No início, Evaldo encontrou barreiras ligadas ao conhecimento técnico. “O maior desafio era a falta de conhecimento sobre o método e achar cursos sobre a ampla variedade de modalidades dentro do método de treinamento”, conta. Essa busca por capacitação foi constante e acompanhou o crescimento do esporte no país.

 

A prática impactou também sua vida pessoal. Antes do crossfit, Evaldo já era atleta, mas acabou mudando de foco. “Como eu já era atleta antes de conhecer o crossfit, apenas troquei o foco e mantive os mesmos objetivos de crescer dentro do cross”, afirma. O impacto, porém, não foi apenas nele: “No meio pessoal, consegui trazer toda minha família para a prática do crossfit, fazendo todos terem uma vida ativa.”

 

Para Evaldo, a principal diferença entre o crossfit no interior e nas capitais está na oferta de espaços de treino. “As grandes capitais têm muitos praticantes e amantes do crossfit. Já nas cidades pequenas, tem um ou dois boxes, e isso não traz tanta competitividade comercial para buscar sempre melhorar o mercado fitness”, compara.

 

Seu trabalho é voltado para o público geral, incluindo iniciantes e atletas intermediários. “O foco é no público geral, seja iniciante ou atleta de nível intermediário. Os atletas de alto nível tendem a fazer treinos individualizados porque precisam de mais horas de treino”, explica.

 

Sobre mitos, ele destaca um equívoco comum: “O maior mito é que todos acham que precisa se preparar antes para entrar para o crossfit, e não é verdade. Qualquer pessoa pode começar, porque dentro do método existe uma progressão diária. Ninguém vai chegar já levantando peso igual os atletas de alto nível. O ideal é fazer uma aula experimental e convidar um amigo para viver essa experiência juntos.”

 

A adaptação dos treinos é parte do dia a dia do treinador. “O crossfit dá oportunidade de fazer treinos que vão estimular todos os níveis de alunos, seja sedentário ou atleta avançado. O iniciante faz uma flexão de braço com joelho no chão; o avançado, uma flexão de cabeça para baixo. Possuímos um amplo arsenal de movimentos, até para quem tem limitações, como membros amputados”, exemplifica.

 

A trajetória de Evaldo também passa por outras modalidades. No boxe, ele conquistou títulos nacionais. “Minha primeira conquista foi no boxe, onde fui campeão brasileiro de boxe olímpico cadete, aos 15 anos, e quatro vezes medalhista em finais do Brasileiro de Boxe Olímpico”, recorda. No crossfit, destaca três classificações para o TCB, considerado o maior evento da modalidade no Brasil. “A maior conquista foi minha primeira classificação para o TCB, em 2022, pelo ranking geral. Minha segunda classificação veio com uma medalha de prata na seletiva TCB de Maringá, em 2023. Este ano, retorno pela terceira vez ao TCB, conquistando minha vaga na seletiva de São José (SC)”, relata.

 

Atualmente, Evaldo é atleta da equipe Raça, de Campo Grande, e segue o treino da Hércules Funcional, do coach Ramires Tibana. Seus planos para o futuro envolvem empreender e fortalecer a modalidade no estado. “Meu sonho como profissional é abrir meu próprio box de crossfit e manter o nome do crossfit MS em alta no Brasil, o que é um feito muito difícil para nosso estado”, afirma.

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