Sexta-feira, 11 de julho de 2025, 09:53

Jovem goleiro de Campo Grande concilia rotina intensa no campo e futsal

da redação - 9 de jul de 2025 às 11:20 147 Views 0 Comentários
Jovem goleiro de Campo Grande concilia rotina intensa no campo e futsal Da Redação

Com apenas 13 anos, o goleiro Paulo Henrique Alves de Souza treina todos os dias da semana e atua tanto no futebol de campo quanto no futsal. Natural de Campo Grande (MS), ele iniciou a trajetória esportiva aos 4 anos, ainda sem entender as regras do jogo, mas já chamando atenção pelo reflexo e pela disposição de defender com as mãos.

“Eu treinava em uma escolinha de futsal (Pelezinho) e comecei a naturalmente defender as bolas com as mãos, mesmo não estando na posição de goleiro. O dono da escolinha, Julio Cezar Pelezinho, me viu e visualizou que eu tinha potencial para ser goleiro”, relembra.

Paulo afirma que não teve influências familiares ou externas para assumir a posição. “Foi natural, não fui influenciado por ninguém.”

Atualmente, ele divide o tempo entre as duas modalidades. Segundo ele, há diferenças claras entre o jogo no campo e no salão. “No futsal existe um maior trabalho com os pés do goleiro, podendo inclusive jogar como goleiro-linha e marcar gols”, explica. Mesmo assim, o trabalho com os pés também tem importância no campo. “No campo eu troco passes com meus zagueiros, ligo o contra-ataque e bato tiros de meta.”

A rotina de treinos é intensa. Ele conta que faz exercícios de propriocepção com fisioterapeuta, voltados para prevenção de lesões e fortalecimento muscular. No futsal, treina com o técnico Antonio Cavassa; no campo, os trabalhos são coordenados por Kefrem Felipe, o Telo. “Tanto no futsal quanto no campo treinamos várias situações de jogo, porém, quando se aproxima de um jogo específico, estudamos o adversário para entender e buscar resolver os principais desafios que terei”, detalha.

O jovem se inspira no goleiro alemão Manuel Neuer. “Ele revolucionou a nossa posição, com seu estilo de jogo ousado e facilidade com os pés.”

Entre os jogos que mais marcaram sua trajetória, Paulo cita duas partidas contra o Náutico, uma na final da MS Cup e outra na semifinal do Estadual Sub-13. “Na final da MS Cup não levei nenhum gol, mesmo sob fortíssimo ataque da equipe adversária. Na decisão de pênaltis, defendi duas bolas que garantiram o título.” Já na semifinal do Estadual, mesmo com a eliminação, ele considera a atuação positiva. “Consegui, mais uma vez, fazendo grandes defesas, levar o jogo para os pênaltis.”

Apesar da pouca idade, ele lida com frustrações esportivas com maturidade. Lembra da final do Estadual Sub-13 de futsal em que sofreu o gol da derrota nos últimos segundos. “Isso faz parte da vida de atleta. Aprendemos muito mais nas derrotas do que nas vitórias, pois nas vitórias os erros são ofuscados pelo brilho da vitória.”

Conciliar os treinos e competições com os estudos é um desafio, mas ele conta com apoio familiar. “Os estudos na minha idade são muito puxados, exigem tempo e dedicação. Mas consigo conciliar bem, pois tenho apoio dos meus pais, que me ajudam na correria do dia a dia.”

Sobre os planos para o futuro, ele não hesita. “Meus maiores sonhos são alcançar o profissional, jogar em grandes clubes, ganhar títulos importantes e alcançar a seleção brasileira.”

Paulo também observa com atenção o cenário do futebol de base em Campo Grande. “Antes a cidade era considerada o cemitério do futebol. Porém, atualmente, há muitas copas de base e muitos políticos estão envolvidos ajudando a alavancar o futebol de base.”

Para outros jovens que sonham com a posição debaixo das traves, ele deixa um recado direto: “Não desistir nunca, pois o esforço sempre será recompensado.”

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