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Giovana de Souza: entre lesões, superação e o sonho de crescer no voleibol

da redação - 21 de out de 2025 às 14:28 116 Views 0 Comentários
Giovana de Souza: entre lesões, superação e o sonho de crescer no voleibol Da Redação

Giovana de Souza Romão, nascida em 5 de junho de 2006, encontrou no voleibol mais do que um esporte — uma forma de aprendizado, superação e amadurecimento. A trajetória da jovem atleta sul-mato-grossense começou ainda na infância, quando, em 2015, deu seus primeiros passos nas quadras. “Comecei a treinar e me interessar pelo voleibol em 2015, quando eu treinava pela Funlec com o professor Gladson”, lembra.

 

Desde o início, o incentivo da família foi essencial para que Giovana seguisse evoluindo. “Minha família, principalmente minha mãe, e também meus antigos treinadores, Leomar Soares e Paulo Henrique Souza, sempre me motivaram muito a continuar treinando e buscando melhorar”, conta. A relação com o esporte se fortaleceu com o tempo e passou a fazer parte da rotina e dos planos da atleta.

 

O caminho, no entanto, não foi fácil. Giovana enfrentou momentos que colocaram à prova sua determinação. “Tive dois desafios. O primeiro foi quando tive ciático lombar e precisei fazer muitas sessões de fisioterapia. Fiquei parada por três meses até me recuperar”, relembra. Mais recentemente, em abril de 2025, um acidente de moto interrompeu temporariamente sua rotina de treinos. “Eu me envolvi em um acidente e luxei o tornozelo. Fiquei com tala por um bom tempo, usando botinha ortopédica e muletas”, relata.

 

Apesar dos obstáculos, a atleta nunca desistiu. O amor pelo esporte e o apoio das pessoas ao seu redor a ajudaram a recomeçar todas as vezes que precisou. Um dos momentos mais marcantes de sua trajetória foi o encontro com o técnico que viria a transformar sua relação com o voleibol. “Em 2020, fui jogar um amistoso entre escolas e lá conheci o Leomar. Ele me viu jogando e me chamou para treinar com ele no Centro de Treinamento de Voleibol, na Escolinha do Leomar. Foi lá que realmente começou minha jornada no vôlei”, explica.

 

O convite marcou o início de uma nova fase. Sob a orientação de Leomar, Giovana começou a competir com mais frequência e acumulou conquistas. “Ele me levou para campeonatos, conquistamos muitas medalhas juntos. Sou eternamente grata ao Leo por sempre ter me apoiado e me ajudado a evoluir”, afirma. A jovem destaca que as vitórias ao longo desse caminho tiveram um significado especial. “Acho que o momento mais marcante é o início de tudo e as conquistas durante esse trajeto”, diz.

 

Atualmente, Giovana treina na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), sob a supervisão do professor Genilson. “Meus treinos de voleibol são de segunda a quinta, das 19h30 às 21h40. Entrei no time no começo do ano passado e sigo firme”, conta. Além dos treinos de quadra, ela também mantém uma rotina intensa de atividades físicas. “Tenho meus treinos na academia, que são de segunda a sexta”, completa.

 

Mesmo com a dedicação e o comprometimento dos atletas, Giovana reconhece que o cenário esportivo de Mato Grosso do Sul ainda impõe desafios. “Acho que a maior dificuldade de ser atleta de qualquer esporte em MS é a falta de incentivo”, avalia. Segundo ela, as limitações nas categorias e na quantidade de competições dificultam o desenvolvimento de quem busca seguir carreira. “Aqui, as idades estouram mais cedo. Por exemplo, o sub-17 só pode jogar até os 16 anos. Depois disso, vira sub-19. Também temos poucos campeonatos adultos — apenas a Copa Pantanal Metropolitana, a Copa Pantanal Estadual e os Jogos Abertos”, explica.

 

Essas dificuldades, porém, não diminuem a motivação da atleta. Pelo contrário, ela segue buscando evoluir e se inspirando em referências dentro e fora de quadra. Fã do Osasco Vôlei, um dos principais clubes do país, Giovana viveu recentemente uma experiência marcante. “Conheci a levantadora delas no CBI deste ano e me tornei amiga dela. Isso foi muito importante pra mim, conhecer as atletas que representam o meu time do coração”, revela.

 

A inspiração também vem de casa. “Quem me inspira fora de quadra é minha mãe, que me criou sozinha. Ela sempre fez de tudo por mim. É uma mulher incrível e forte”, destaca. A admiração pela mãe se reflete na forma como Giovana encara os desafios do esporte e da vida, com resiliência e gratidão.

 

Com apenas 19 anos, a atleta já carrega uma trajetória marcada por aprendizado e persistência. E mesmo ciente das dificuldades, mantém viva a vontade de seguir evoluindo e inspirando outras jovens. “Eu diria para elas nunca desistirem dos sonhos e sempre correrem atrás de realizá-los. Aprendi nesse tempo que, se você não for atrás do que precisa pra chegar lá, ninguém mais vai”, afirma.

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