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Giginha, a promessa do jiu-jitsu sul-mato-grossense que sonha viver do tatame

da redação - 3 de jul de 2025 às 14:53 112 Views 0 Comentários
Giginha, a promessa do jiu-jitsu sul-mato-grossense que sonha viver do tatame

Nascida em 28 de junho de 2010, em Campo Grande (MS), Amanda Romani — ou simplesmente Giginha, como é carinhosamente chamada no tatame — é um dos grandes nomes em ascensão no jiu-jitsu feminino sul-mato-grossense. Aos 15 anos, a atleta já soma conquistas importantes nos cenários estadual e nacional, e sonha alto: quer viver do esporte que transformou sua vida.

A história de Amanda com o jiu-jitsu começou cedo. Aos seis anos de idade, ela deu os primeiros passos nos tatames como uma forma de buscar mais foco nos estudos. “Eu não tinha muito foco na escola, então comecei a treinar. Foi ali que tudo começou”, relembra. Apesar da paixão que surgiu desde o início, Amanda enfrentou um momento de desânimo aos nove anos e interrompeu os treinos. Mas a conexão com o jiu-jitsu falou mais alto. Aos 11 anos, ela retornou com ainda mais vontade de se dedicar — e nunca mais parou.

Desde então, Amanda construiu um currículo de respeito, acumulando diversos títulos importantes. Foi campeã mundial pela CBJJD na faixa amarela em 2022 e repetiu o feito em 2023 na faixa laranja. Em 2024, alcançou o 3º lugar na faixa verde no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu para Crianças, uma conquista muito significativa diante da forte competição. Além disso, Amanda é campeã do Campeonato Brasileiro Centro-Oeste CBJJD, do Campeonato Estadual FSMJJ, da MS International Cup FSMJJ, do Campeonato Pantaneiro FSMJJ, do Open Jardim FSMJJ e do Open Nova Alvorada do Sul FSMJJ. Também se destacou no Nogi, sendo campeã na categoria na Copa Kids & GP Solidário da FSMJJ. “Tenho um prazer enorme em competir e cada campeonato é uma oportunidade de aprender e crescer”, afirma.

Além dos títulos, o jiu-jitsu proporcionou valores que Amanda leva para a vida. A disciplina, o respeito, a resiliência e o amor pelo que faz fazem parte da sua rotina dentro e fora do tatame. Ela treina diariamente e, mesmo com os compromissos escolares, encontra tempo para ajudar em alguns treinos ao lado do pai — que também é um dos mestres da Gigio Team, equipe que representa com orgulho.

Mesmo em um esporte que historicamente foi dominado por homens, Amanda afirma nunca ter enfrentado preconceito por ser mulher. Ao contrário, sente-se acolhida e inspirada por tantas outras atletas que fazem parte da cena atual. “Hoje, o jiu-jitsu feminino em Mato Grosso do Sul está repleto de nomes fortes. Temos ótimos exemplos de meninas e mulheres conquistando títulos importantes e mostrando que nosso lugar também é no topo do pódio”, afirma.

Com um olhar voltado para o futuro, Giginha tem metas bem definidas. Em setembro, ela disputará mais uma edição do World Jiu-Jitsu Championship CBJJD, no Rio de Janeiro, e já intensificou os treinos para chegar ainda mais preparada. Mas seu maior objetivo vai além dos campeonatos: ela sonha em viver do jiu-jitsu. “Hoje eu não me vejo longe do tatame. Quero continuar lutando, competindo, ensinando e levando o jiu-jitsu comigo por toda a vida”.

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