A cidade de Costa Rica, no interior de Mato Grosso do Sul, tem se tornado um ponto de referência regional no incentivo à natação de base. Esse movimento é impulsionado por ações da APAN – Associação de Pais e Amigos da Natação –, entidade fundada em 2019 por iniciativa de Anna Flávya e seu esposo. Desde então, a associação tem desempenhado um papel central no fomento ao esporte e na formação de jovens atletas no município.
“O que nos motivou foi o desejo de apoiar e fortalecer a prática da natação competitiva em Costa Rica”, conta Anna Flávya, atual presidente da APAN. Ela relembra que a ideia surgiu a partir de sua vivência pessoal com a modalidade: professora de formação, esposa de nadador e mãe de atleta. “Ao ver o impacto positivo que o esporte teve na vida do meu filho e de tantos outros jovens, senti o desejo de contribuir ainda mais.”
A missão da associação é clara: proporcionar oportunidades de desenvolvimento para crianças e adolescentes por meio da natação, valorizando princípios como disciplina, superação, trabalho em equipe e bem-estar. Essa proposta vai além do rendimento esportivo e se estende à formação pessoal e social dos participantes.
A APAN atua oferecendo suporte técnico e logístico para atletas de diferentes faixas etárias e níveis de habilidade, desde a iniciação esportiva até o alto rendimento. Os treinos são regulares e estruturados, e os atletas participam de competições regionais e nacionais. “Trabalhamos o desenvolvimento físico e emocional de cada nadador, respeitando seu ritmo e suas metas pessoais”, explica Anna.
Mesmo com os avanços, os desafios são contínuos. Entre os principais pontos apontados pela presidente estão a captação de recursos financeiros, a manutenção de uma estrutura adequada para os treinos e competições, além do engajamento dos próprios atletas. “Também buscamos constantemente ampliar a visibilidade do nosso trabalho e mostrar à comunidade a importância do investimento no esporte de base.”
Para enfrentar essas dificuldades, a associação aposta em estratégias de parcerias, editais e ações de mobilização. A APAN realiza campanhas de divulgação, elabora projetos para empresas locais e busca participar de editais públicos. “Mostramos o retorno social e de visibilidade que os patrocinadores podem ter ao apoiar a APAN. Também mantemos uma relação de transparência com nossos parceiros, o que fortalece a confiança e o apoio contínuo”, afirma.
A conexão com o poder público também é um eixo importante na atuação da associação. Um dos projetos desenvolvidos em parceria com a prefeitura é o “Forjando Campeões”, que permite a inclusão de crianças que não têm condições financeiras para arcar com os custos do esporte. “Nosso objetivo é que todos tenham a chance de se desenvolver, independentemente da situação econômica”, afirma.
Segundo Anna Flávya, o papel das famílias é outro fator essencial para o sucesso do projeto. “Quando a família participa ativamente, o atleta se sente mais motivado e seguro. Os pais ajudam não apenas com a logística do dia a dia, mas também com apoio emocional, incentivo e até mesmo com ideias e ações dentro da própria associação.” Essa integração entre pais, técnicos e atletas fortalece a estrutura da APAN e cria um ambiente de apoio mútuo.
Além dos resultados esportivos, os ganhos sociais e pessoais também são evidentes. A presidente destaca que a natação transforma a vida dos jovens. “Ela ensina disciplina, foco, resiliência e trabalho em equipe. Muitos dos nossos atletas melhoram na escola, ganham autoestima e aprendem a lidar com vitórias e derrotas. Para muitos, a APAN representa um espaço de acolhimento, pertencimento e sonhos.”
O trabalho desenvolvido pela associação já começa a trazer frutos concretos. Atletas de Costa Rica vêm ganhando espaço em competições dentro e fora do estado, e o município passa a ser visto como um celeiro de talentos na natação. No entanto, o foco permanece na base, na formação contínua e na ampliação do alcance do projeto.
“Nós sonhamos em tornar Costa Rica uma referência em formação de nadadores, com estrutura de alto nível e atletas em destaque nacional”, projeta Anna Flávya. Para isso, os planos envolvem a expansão dos projetos sociais, a consolidação de parcerias e o investimento em qualificação técnica e intercâmbio com outras equipes. “Queremos capacitar ainda mais nossos treinadores e abrir portas para que nossos atletas vivenciem outras experiências no esporte.”
Por fim, a presidente deixa uma mensagem aos jovens que desejam iniciar na modalidade e à comunidade que acompanha e apoia o trabalho da APAN: “Acreditem no poder do esporte. A natação não é apenas um esporte completo fisicamente, mas uma escola de vida. Aos jovens, digo: mergulhem de cabeça, sejam persistentes e nunca desistam dos seus sonhos. E à comunidade: continuem nos apoiando. Cada incentivo, cada palavra e cada contribuição fazem toda a diferença na construção de um futuro melhor por meio da natação.”