Yokohama (Japão) - A polêmica sobre que clubes, de fato, podem se considerar campeões mundiais vai ter uma nova rodada de polêmicas. Na manhã deste sábado, durante entrevista coletiva antes da decisão do Mundial de Clubes entre Milan e Boca Juniores, que acontece neste domingo, em Yokohama, no Japão, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, oficializou o Corinthians como o primeiro 'dono do mundo'.
Tudo graças ao título do Timão em cima do Vasco nos pênaltis, em torneio organizado pela entidade em janeiro de 2000, no Brasil. "O Comitê Executivo tomou neste sábado a decisão e é definitiva. O campeão do primeiro Mundial de Clubes é o Corinthians", anunciou Blatter.
Após a organização do Mundial de Clubes no Brasil, a entidade fez uma parceria com a Toyota, incluiu clubes dos outros continentes e passou a partir de 2005 a dar 'status' oficial à então tradicional disputa entre sul-americanos e europeus que acontece tradicionalmente em dezembro, no Japão.
É o segundo recuo da Fifa no assunto. Pouco antes da edição de 2005, vencida pelo São Paulo, a entidade havia oficializado os vencedores da 'Copa Intercontinental' em uma tentativa de agradar a montadora japonesa. Neste ano, a entidade foi além e deu o aval para o Palmeiras festejar a conquista da Taça Rio, de 1951, como título mundial.
A alegria do Verdão durou pouco. A Fifa veio a público anunciar que se antecipou sobre um veredicto e jogou a decisão nas mãos de seu Comitê Executivo, aumentando a agonia palmeirense. Com o anúncio de Blatter, o status de Mundial à Taça Rio ficará apenas na opinião dos torcedores.
O clube do Jardim Suspenso, no entanto, não é o único a se sentir prejudicado. Santos, Flamengo e Grêmio também não são mais campeões mundiais, segundo a entidade máxima do futebol. E o São Paulo perde o direito de comemorar dois de seus três títulos conquistados no Japão.
Por outro lado, a decisão da Fifa privilegia o futebol brasileiro, que possui um incrível aproveitamento de três campeões em quatro edições, incluindo uma final caseira na primeira edição. No ano passado, o Internacional venceu o Barcelona na final.