No texto, a entidade não faz referência a problemas estruturais ou de organização. Limita-se a elogiar o nível competitivo do evento, que para o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis, foi um sucesso.
Mesmo com as críticas diretas do secretário-geral da entidade, Patrick Baumann, à baixa presença de pública e com as goteiras no ginásio do Ibirapuera no encerramento da primeira fase da competição, Grego considera que a situação ficou sob controle. "Nossa relação com a Fiba é excelente. Eles são muito críticos, mas ficaram contentes com o que aconteceu aqui. Tivemos alguns problemas sim, mas todos nos desdobrávamos para resolvê-los o que não é tão comum em outros países".
Legislando em causa própria, usou o Mundial de 2002 como exemplo negativo. "Oferecemos melhores hotéis, transporte e segurança para as equipes e contávamos com quatro ginásio para treinamento. Na China, quatro seleções treinaram em meia quadra, que tinha piso de salão de baile com pilastras no meio".
O dirigente reafirmou a confiança nas chances brasileiras de voltar a ser sede de um evento internacional de ponta. "A Fiba é muito exigente, mas isso é bom para nós que podemos melhorar. Para os próximos torneios que virão teremos o Ibirapuera, que ganhou este piso e agora também é casa de basquete, e mais duas arenas maravilhosas no Rio. Com certeza traremos mais eventos de porte para nosso país porque temos vocação esportiva e sabemos organizar".
Arrumar a casa - Os problemas envolvendo a organização do Campeonato Mundial não foram as únicas preocupações expressas pelo secretário Baumann anteriormente. Além deles, o dirigente comentou a crise interna da modalidade na última temporada.
Dois campeonatos nacionais foram realizados. Um organizado pela CBB, que ainda aguarda definição após várias liminares da Justiça Comum, e outro pela Nossa Liga de Basquetebol (NLB). A situação levou a um racha entre as equipes que, na conclusão da campanha, decidiram que a reunificação era a alternativa para manter a estabilidade do esporte.
De olho no processo, Baumann mandou um recado. "O basquete brasileiro tem sorte porque tem grandes talentos. O que precisa é ganhar. Em casa, devem acabar com as brigas porque se brigarem vão perder anos, gerações sem obter resultados".