Rio de Janeiro (RJ) - Aos poucos o Grappling Submission ganha mais apoio da Federação Internacional de Lutas Associadas (FILA) e, além do Brasil, outro braço forte no crescimento da modalidade e para torná-la olímpica são os Estados Unidos, campeões mundiais em 2007 - o Brasil não pôde mandar sua equipe. As novidades são, além da convocação de atletas brasileiros pelos EUA, a produção de um grande evento mundial no Rio, com altas premiações em dinheiro.
Segundo Jason Townsend, do Comitê Mundial de Grappling da FILA e responsável pelo desenvolvimento de estilos ainda não olímpicos da USA Wrestling, a entidade estaria convocando brasileiros com cidadania americana para lutar pelo time dos Estados Unidos nos eventos Internacionais de Grappling da FILA. A notícia saiu no site da instituição, o themat.com.
"Seria muito difícil enfrentar brasileiros competindo por outras nações, mas temos que atentar que esta é uma prática comum em alguns países. Funciona mais ou menos da mesma forma do Canadá, que contrata russos para o time de Wrestling deles. A diferença é que a USA Wrestling vai usar os lutadores de Grappling brasileiros já residentes no país e com cidadania americana. Com certeza vai deixar a disputa Brasil x EUA mais acirrada, o que fará muito bem para a modalidade e ajudará no futuro olímpico, uma vez que grandes shows serão realizados", declarou Pedro Gama Filho, presidente da Confederação Brasileira de Lutas associadas (CBLA).
O dirigente aproveitou a oportunidade para contar sobre a outra novidade. "Entre os dias 20 e 24 de Agosto, será realizado no Rio de Janeiro, provavelmente no Maracananzinho, um grande evento internacional de Grappling da FILA, com apenas três vagas para a equipe brasileira por categoria de peso. As vagas serão disputadas em um evento em São Paulo (ainda sem data definida). O evento distribuirá um prêmio muito bom em dinheiro e terá como diferencial o quadro de arbitragem oficial da Federação Internacional de Lutas Associadas (FILA). Pode ser a primeira vez que tenhamos dois brasileiros se enfrentando por países distintos", comentou ele, que continuou.
"Queremos fazer um novo ADCC, só que com padrão olímpico de organização e, claro, com a credibilidade trazida pela FILA. O prêmio em dinheiro vai ser muito bom e atrairá os maiores nomes da modalidade no Brasil e no mundo. Quinze países já confirmaram presença, dentre eles grandes potências como os Estados Unidos, Suíça, França, Inglaterra e Japão", finalizou o dirigente.
O evento sairá de uma parceria entre o patrocinador oficial da CBLA, a Caixa Econômica Federal, e de outras empresas que a CBLA está negociando, e terá o financiamento do Ministério dos Esportes, através da pessoa do secretário Nacional de Esportes de alto rendimento Djan Madruga, grande incentivador e padrinho da nova modalidade.