Brasília (DF) - Campeã Pan-americana e vice na Copa do Mundo da China, antes disso, a melhor jogadora do planeta, já estavam fora do Brasil, atuando no futebol da Suécia. Porém, se não fosse assim, a meia Marta certamente estaria na mira de alguma grande equipe do exterior. Das finalistas da I Copa do Brasil de Futebol Feminino, boa parte das atletas esteve nessas conquistas. Como é o caso das meio-campistas Daniela Alves e Formiga, do Saad, que concorrem ao prêmio de melhor jogadora do mundo em 2007.

O fato despertou o interesse de muitos times europeus e asiáticos, mais ricos e com melhor estrutura para o futebol voltado à mulher. Enquanto marcava o seu terceiro gol na vitória por 11 a 0 sobre o Gênus (RO), a atacante Geovânia não sabia, mas seu futebol estava em negociação no celular do presidente do Saad. "Ainda não posso revelar o nome do time, mas é um clube da Itália. Eles ofereceram R$ 40 mil por ela e vamos conversar sobre isso no final da Copa do Brasil", afirmou Romeu de Castro.

Ao final da goleada, foi à vez da estrela Daniela Alves assumir que também vem sendo alvo de bastante assédio do exterior. "Vários empresários me ligam, muitas propostas já apareceram. Europa ou Ásia são, possivelmente, um de meus destinos em 2008. Vamos pensar mais um pouco antes de decidir", frisou a habilidosa jogadora.

"Sozinho, não temos como segurar essas craques por aqui. Nos países que o investimento privado é maior, os salários chegam a 15 vezes o oferecido por nós. Assim não tem como competir", lamentou Romeu de Castro. Sem muito como conter as investidas de fora, o presidente do Saad aponta a falta de investimento no esporte no país e espera que, com a somatória das conquistas no Pan-Rio, no Mundial da China, associadas ao sucesso da 1ª Copa do Brasil de Futebol Feminino, a situação passe a ser diferente e comece a se desenhar um novo painel do apoio ao futebol para as mulheres.