Sexta-feira, 14 de novembro de 2025, 10:05

Elias Júnior relembra trajetória no futsal e fala sobre fé, disciplina e sonhos profissionais

da redação - 26 de set de 2025 às 14:15 127 Views 0 Comentários
Elias Júnior relembra trajetória no futsal e fala sobre fé, disciplina e sonhos profissionais Da Redação

Elias Antônio do Nascimento Júnior, nascido em 15 de dezembro de 2004 em Três Lagoas, começou a jogar futsal aos oito anos. “Sempre gostava de jogar bola, jogava golzinho na rua. Muitas vezes era 13h, no sol pegando fogo, e já estávamos na rua jogando. Foi assim por alguns anos. Aí um amigo meu, Luan, me chamou para irmos treinar no ginásio. Fui indo aos treinos, peguei gosto, ele parou, e eu continuei indo”, relembra.

 

O primeiro campeonato de Elias foi em Paraíso das Águas, na categoria sub-10, onde a equipe foi vice-campeã. “Foi uma experiência incrível por ser meu primeiro campeonato fora de casa”, afirma. Em 2016, com 12 anos, ele se mudou para Brasilândia (MS) devido à transferência do pai pela empresa em que trabalhava. “Achamos uma casa de esquina, um local bom, perto da escola, mercado, igreja. Mas o que mais gostei foi que tinha uma quadra na frente, porém um pouco mais cara. Fiquei enchendo a cabeça do meu pai, e acabamos ficando nela. Fiquei ali todo santo dia na quadra, sol e chuva, mas me divertia muito”, recorda.

 

Com 13 anos, Elias começou a treinar no ginásio com o professor Tiago Mariano, a quem atribui grande importância. “O professor Tiago me levou para assistir, pela primeira vez, um jogo profissional de futsal entre Dracena e Taubaté, onde conheci e tirei foto com o jogador Gleison, campeão mundial de clubes pelo Magnus, e com o Bicão, grande jogador também. Dali, fui pegando mais gosto pelo esporte”, conta. Ainda com Tiago Mariano, Elias participou de um campeonato sub-15 em Panorama (SP), apesar de ter apenas 13 anos na época. “Foi mais uma experiência incrível, pois nunca tinha jogado numa categoria acima da minha. Em SP, senti um pouco de medo e ansiedade, mas graças a Deus deu certo, fomos campeões”, lembra.

 

Em 2018, Elias retornou para Água Clara. “Sempre falava para meus amigos em Brasilândia que, quando voltasse para Água Clara, queria jogar na equipe do ASAS FUTSAL. Quando voltei, com 15 anos, comecei a jogar uns rachas, e surgiu um campeonato sub-18, onde representei a equipe do Clara Elétrica. Vim me destacando na competição, e fomos campeões”, relata.

 

A partir desse momento, ele recebeu convite para treinar com o ASAS FUTSAL. “No começo não foi mil maravilhas, com o futsal mais avançado e uma grande equipe. Não estava indo bem nos treinos, levei uma atenção do treinador e não quis ir treinar mais. Já com 16 para 17 anos, recebi o convite de novo, agora de duas pessoas que tenho enorme consideração: o professor Henrique Aires, conhecido como Brigadeiro, um dos melhores goleiros do estado, e Diego Lima, conhecido como D20, grande referência do nosso estado”, detalha Elias.

 

Ele recorda que, desde então, o futsal passou a ocupar grande parte da sua vida. “Era 24 por 48 horas, assistindo futsal da Liga Nacional, Champions League de Futsal, entre outros. Só queria aquilo, aquilo realmente era uma paixão. Não comecei jogando, demorou um pouco. Muitas vezes viajei mais de 250 km com a equipe do ASAS só para carregar bolsa e assistir, porque realmente gostava do esporte”, afirma.

 

Com o tempo, Elias começou a entrar em competições oficiais. Participou de estaduais, campeonatos da Liga MS, competições regionais e regionais. “No primeiro regionais, em 2023, infelizmente cheguei lá e não consegui jogar por um compromisso na minha cidade. No ano seguinte, 2024, me programei e consegui ir. Essa edição foi em Araçatuba, uma experiência muito boa. Chegamos à final, infelizmente perdemos para uma grande equipe de São José do Rio Preto e ficamos com o vice-campeonato”, comenta.

 

Em 2025, a participação nos regionais foi marcada por uma sequência de decisões e oportunidades. “Já nesse ano, foi em Votuporanga (SP). Para você ver que as coisas eram de Deus, já tinha começado o campeonato, eu estava inscrito, mas não tinha ido. Na terça-feira à noite, o professor Vitinho me ligou para ir, e eu fui. Já jogamos na quarta, saímos com a vitória e fomos classificando. O atual campeão estava lá, com o time um pouco mais reformado que no ano anterior, e eles foram eliminados na semifinal. Nós, jogando em casa, estávamos com humildade, e eu sempre orando e pedindo a Deus. Como seria meu último ano, queria ser campeão. Começamos o jogo bem, terminamos ganhando de 5x4. Dei dois gols na final e duas assistências. Creio que o título ficará marcado na minha história”, relata.

 

Apesar das dificuldades geográficas e da estrutura limitada em sua cidade, Elias mantém a paixão pelo futsal. “Nossa cidade fica um pouco mal localizada. A cidade mais próxima é a 100 km, já pro lado de São Paulo, e em 100 km passamos por umas três cidades. Mas até hoje sou apaixonado pelo esporte e pela minha equipe, que represento com muito orgulho, o ASAS FUTSAL”, diz.

 

Além do futsal, Elias também tem planos profissionais fora das quadras. “Claro, já foi um sonho se tornar jogador de futsal profissional, mas nossa localidade não ajuda muito. Hoje estudo Investigação e Perícia Criminal e sonho em ser policial civil. Se Deus quiser, logo estarei servindo essa farda”, afirma.

 

Ele reforça a importância da fé e da disciplina em sua trajetória. “Tenho uma fé muito grande. Sempre digo que, sem Deus, eu não teria nada do que tenho hoje. Toda honra e toda glória seja dada a Ele sempre! Não pretendo parar de jogar futsal, creio que ainda jogarei muitos e muitos anos, honrando minha equipe”, comenta.

 

Elias deixa uma mensagem aos jovens que querem seguir no esporte. “Humildade e respeito sempre. Saiba escutar os mais velhos, acatar as coisas boas que eles dizem, pois queremos sempre o melhor para eles. Humildade, pés no chão, você chega aonde quiser. É claro, Deus na frente sempre”, conclui.

Comentários

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos com * são obrigatórios.

Parceiros

Enquete

O Governo de MS investe o suficiente no esporte sul-mato-grossense?