Da Redação
Eduarda Mendes, nascida em 16 de dezembro de 2003, em Dourados, começou a se envolver com o futsal ainda na infância. Ela lembra que seu primeiro contato com o esporte aconteceu na escola Tancredo Neves: "Tive meu primeiro contato com o futsal com o time feminino da escola Tancredo Neves, jogo desde os 9 anos de idade. O primeiro contato com o futebol foi jogando na rua com primos e amigos, e indo em campos de futebol com meu pai".
Aos 14 anos, Eduarda já participava de competições representando a escola, incluindo a Copa da Juventude, campeonatos estaduais e escolares. Ela destaca a importância do seu primeiro treinador, Rodrigo Lima, que ainda considera uma referência em sua trajetória: "Quando comecei a participar dos treinos de futsal na escola, meu técnico, que hoje em dia sou muito grata, Rodrigo Lima, me ensinou a base de tudo que eu sei hoje e me mostrou que eu tinha muito mais potencial do que eu imaginava".
Com apenas 15 anos, Eduarda teve sua primeira experiência em um campeonato estadual adulto, enfrentando mulheres mais experientes de times como Dinâmica e UCDB. A equipe conseguiu o segundo lugar na competição, experiência que motivou a jovem atleta a seguir investindo no futsal. "Foi aí que me motivou a seguir com o futsal, ver que com tão pouca idade pude ter uma experiência entre mulheres que já eram muito vividas no esporte", afirma.
A jogadora explica que, desde o início de sua carreira, atuava na posição de fixa, mas com o tempo passou a explorar a função de pivô, onde conseguiu destacar algumas características próprias. Mesmo assim, ela mantém a posição fixa como sua favorita: "Pude agora abrir espaço para a posição de pivô, por ter várias características que dão muitos destaques para esta posição, mas como favorita, posição sempre vem fixa".
Eduarda também compartilha suas referências dentro do futsal. Entre nomes nacionais, cita a jogadora Amandinha e o atleta Rodrigo, mais conhecido como Capita. No âmbito estadual, destaca a importância das parcerias com colegas de equipe: "Minhas referências dentro do estado vêm das minhas grandes parcerias, Janine Santos e Rafa Rodrigues são inspirações para mim".
Ao falar sobre o momento mais marcante de sua carreira até agora, Eduarda lembra do estadual adulto em que participou aos 15 anos: "O momento mais marcante foi e será o Estadual Adulto com meus 15 anos, por ter me mostrado a minha garra e determinação nesta competição e por ter chegado ao pódio na minha primeira experiência em campeonato pela federação".
A rotina da jovem atleta é intensa, dividida entre trabalho e treinos, que ocorrem fora da cidade, no distrito de Vila Vargas, com o time Colonial. "Minha rotina é bem cansativa, trabalhando durante o dia usando meu físico, e durante a noite tenho treinos fora da cidade no distrito de Vila Vargas com o time Colonial, sendo assim treinos e amistosos toda semana", conta Eduarda.
Entre os desafios que enfrenta, ela destaca questões físicas e sociais, incluindo lesões, críticas de outras atletas, julgamentos e a falta de visibilidade por morar no interior do estado. "Os maiores desafios que enfrento hoje são as lesões, críticas de próprias atletas, muitos julgamentos e falta de visibilidade por morar no interior", comenta.
Mesmo diante das dificuldades, Eduarda tem objetivos claros para o futuro. Ela busca maior reconhecimento no futsal e pretende expandir sua visibilidade no esporte. "Busco alcançar muito mais visibilidade para que eu possa ser reconhecida pelas minhas características, momentos que só o futsal proporciona", afirma.
Além de falar sobre suas conquistas e desafios, Eduarda deixa um conselho para outras jovens que desejam seguir no futsal: "Você que tem a vontade de jogar o futsal e viver o futsal, tenha sua mente firme e enfrente todas as barreiras que vierem. O futsal é lindo e deve ser muito bem vivido e jogado. Não tenha medo das críticas, se divirta e faça você mesma seus caminhos nele. Não deixem que te diminuam no seu processo de evolução".