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Draft da NBA divide apostadores e coloca franquias em dúvida

ge.net - 28 de jun de 2007 às 14:25 164 Views 0 Comentários
Draft da NBA divide apostadores e coloca franquias em dúvida

Nova Iorque (EUA) - A temporada 2006/07 da NBA mal terminou, mas nesta quinta-feira muitas equipes darão o primeiro passo para a próxima edição da liga norte-americana de basquete. Isso porque esta é a data de realização do draft, o recrutamento de calouros por parte das franquias. A seleção, cuja ordem nem sempre corresponde ao sucesso do jogador no restante da carreira, acontecerá no lendário Madison Square Garden, em Nova Iorque.

O time que tem direito de realizar a primeira escolha da noite é o Portland Trail Blazers. Os especialistas dos Estados Unidos divergem quanto ao jogador que será selecionado pela agremiação de Oregon. Isso porque o ala Kevin Durant e o pivô Greg Oden, que foram destaque na NCAA, a liga universitária. Depois do Portland vem o Seattle Supersonics na fila de escolher o calouro.

Assim como em 2006, o Brasil terá um representante nacional com chances de ser selecionado por uma franquia da NBA. O mais votado é o ala Tiago Splitter, de 22 anos, que atualmente defende o Tau Ceramica, da Espanha. Os apostadores norte-americanos prevêem que o brasileiro estará entre os 15 primeiros escolhidos.

Ser primeira escolha no recrutamento, no entanto, não é fator decisivo para o sucesso do novato na liga profissional. Basta ver casos em diferentes anos. Em 2006, por exemplo, o primeiro selecionado foi o italiano Andrea Bargnani, pelo Toronto, mas o eleito melhor novato da temporada foi Brandon Roy, draftado em sexto lugar pelos Blazers.

O Brasil não fica fora desse 'mistério' do recrutamento. Em 2004, o pivô Rafael 'Baby' Araújo foi a oitava escolha, ficando à frente inclusive do armador Andre Iguodala, que faz sucesso no Philadelphia 76ers. Baby raramente tem chances de atuar no Utah Jazz, e nesta temporada assistiu ao sucesso de outro compatriota que esteve no draft: o ala/pivô Anderson Varejão, que foi apenas o 30º escolhido, mas que ajudou o Cleveland Cavaliers à chegar à final contra o San Antonio Spurs

Outro fato curioso envolveu outro sul-americano. O argentino Manu Ginóbili é um dos principais jogadores dos Spurs e foi peça chave na conquista do título por parte da equipe texana nesta temporada. Quando foi selecionado pela liga em 1999, no entanto, Ginóbili foi apenas a penúltima escolha.

Outros jogadores de renome também foram preteridos como primeira opção. O ala alemão Dirk Nowitzki foi apenas o nono selecionado em 1998, dois anos depois em que os armadores Kobe Bryant e Steve Nash foram draftados apenas nas posições 13 e 15, respectivamente.

Mas o melhor exemplo que se pode usar é o draft de 1984: há 23 anos, a primeira escolha havia sido o ala/pivô nigeriano Hakeem Olajuwon, enquanto o pivô Sam Bowie foi o segundo. Melhor para o Chicago Bulls, terceiro da fila, que selecionou ninguém menos do que Michael Jordan e, liderado pelo camisa 23 e tido como o maior jogador de todos os tempos, conquistou seis primeiros e até então únicos títulos da NBA. Outro exemplo é Larry Bird, sexto em 1978.

Evidentemente, há também as primeiras escolhas que fizeram e fazem sucesso na liga, como os pivôs Shaquille O'Neal (1992), Tim Duncan (1997), Yao Ming (2002) e Dwight Howard (2004), os alas Elton Brand (1999) e LeBron James (2003), o armador Allen Iverson (1996). Isso sem falar nos lendários Kareem Abdul-Jabbar, primeiro do draft em 1969, e Earvin "Magic" Johnson, número um dez anos depois.

Com tantos prognósticos, resta às franquias torcer para fazerem a escolha certa na noite desta quinta-feira. Ao fã de basquete, fica a expectativa de surgir mais um grande ídolo, que estará em ação a partir de novembro deste ano, quando começa a nova temporada da NBA.

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