Da Redação
“Quando conheci o esporte, o que me inspirou a seguir foram minha família e meus amigos.” Foi assim que o jovem atleta Carlos Eduardo Silva Bega, o Cadu, definiu o início da sua relação com o voleibol, esporte que entrou em sua vida em 2022 e rapidamente se tornou uma paixão. Nascido em 1º de novembro de 2009, em São Paulo, Cadu vive hoje em Mato Grosso do Sul, onde vem construindo seus primeiros passos dentro das quadras.
Tudo começou por acaso, quando um colega o convidou para treinar. “Um amigo meu começou a treinar na escola em que a gente estudava. Ele me chamou para treinar e acabei me interessando. Desde então, me apeguei pelo esporte”, conta. O convite simples deu origem a uma jornada de dedicação, aprendizado e amadurecimento.
Como para todo iniciante, os primeiros desafios vieram cedo. “No início, os principais desafios foram a adaptação à rotina e as críticas”, relembra. A disciplina exigida pelos treinos, o esforço físico e a conciliação com os estudos foram obstáculos que o jovem atleta precisou superar para continuar evoluindo. Hoje, ele encara o esporte com equilíbrio. “Durante a semana eu treino três dias no período da tarde e, de manhã, vou para a escola. O esporte não interfere nos meus estudos.”
O primeiro torneio de que participou foi o Jeres, em 2023, uma experiência marcante. “Foi uma ótima experiência para mim como atleta, porém eu me sentia muito nervoso e sentia que não conseguiria demonstrar todo o meu potencial”, relembra. Apesar do nervosismo, o torneio foi um ponto de virada, abrindo espaço para conquistas futuras. Um dos momentos que mais o marcou veio logo depois: “O momento mais marcante da minha carreira até agora foi ter sido vice-campeão da XIV Copa Pantanal Metropolitana.”
Com apenas alguns anos de prática, Cadu já entende que o voleibol vai além da técnica. O esporte, segundo ele, tem sido uma escola de valores e autoconhecimento. “Os maiores aprendizados foram o conceito de união, família, ter uma rotina saudável e aprender a lidar com as emoções.”
Mesmo tão jovem, Cadu observa o cenário do voleibol em Mato Grosso do Sul com uma visão crítica e madura. Para ele, o estado vive um processo de crescimento, mas ainda tem um longo caminho a percorrer. “O MS vive uma fase de evolução, com bons resultados e estrutura em crescimento, mas ainda precisa fortalecer o apoio financeiro e a formação de atletas para se consolidar no cenário nacional.”
Essa consciência do contexto mostra o quanto o atleta já pensa além das quadras. Ainda assim, ele mantém os pés no chão e o foco nos sonhos. “O meu principal objetivo é me tornar um jogador profissional um dia e meu sonho é ter um futuro brilhante dentro desse esporte.”
Entre os ídolos que o inspiram, Cadu cita Matheus Brasília, jogador conhecido por sua técnica e liderança dentro de quadra. “Meu ídolo é o Matheus Brasília e eu pretendo jogar igual a ele um dia”, afirma.
Mais do que números, títulos ou medalhas, a fala de Cadu revela a essência de quem acredita que o esporte é um caminho de superação constante. Com apenas 15 anos, ele carrega a maturidade de quem entende que o sucesso não vem de forma imediata, mas é construído diariamente com esforço, paciência e amor pelo que se faz.
A mensagem que o jovem deixa para outros atletas resume bem sua filosofia: “Acredite no seu sonho e nunca desista. O esforço de hoje é a vitória de amanhã.”