“Comecei aos 4 anos com o professor Joel Lido Faustino. No início tentava jogar na linha, mas sempre acabava pegando a bola com a mão e assim ele decidiu me colocar no gol. Deu certo.” É assim que Nicolas Gomes Grubert, nascido em 3 de dezembro de 2007, em Campo Grande (MS), lembra o início de sua vida esportiva. Ainda criança, descobriu no futsal uma posição que se transformaria em rotina, objetivo e plano de futuro.
Hoje, aos 17 anos, Nicolas defende o São Mateus, equipe do Paraná, e segue alimentando o desejo de alcançar o mais alto nível da modalidade. “Meu sonho e meu objetivo hoje é jogar uma LNF, Liga Nacional de Futsal”, afirma. O caminho até aqui, no entanto, não foi simples.
Quando mais jovem, um dos principais obstáculos estava fora das quadras. “No início, um dos maiores desafios era a questão do transporte. Por morar em um bairro mais afastado, a dificuldade de locomoção prejudicava bastante.” A distância, porém, não impediu que o menino seguisse treinando. A dedicação, conta, foi fortalecida pelo apoio familiar, sempre presente.
A rotina atual é intensa. “Eu treino todos os dias. Vou para a escola pela manhã e treino à tarde. Atualmente atuo pelo clube São Mateus, do Paraná, e a rotina de treinos é bem intensa. Mas amo fazer isso. Sem dúvidas, quanto mais treino, melhor.” O equilíbrio entre estudo e esporte é uma exigência dentro de casa. “Sempre tive uma família que me apoiava bastante no futebol, mas sempre pegando no pé com os estudos. Minha avó e minha mãe são professoras, então já se imagina como elas são. Uma das regras para eu continuar jogando é sempre ter um bom desempenho escolar.”
Em quadra, Nicolas acredita que seus maiores pontos fortes estão em situações decisivas. “Meus melhores pontos fortes são as saídas mano a mano e bolas paradas, como tiro livre e pênalti.” Ao mesmo tempo, reconhece que ainda precisa lidar melhor com as frustrações. “Preciso melhorar em como lidar com as derrotas, pois me cobro muito.”
Alguns jogos já ficaram marcados na memória. Entre eles, a disputa da Taça Brasil Sub-16, realizada em Salvador. O goleiro lembra de uma partida em especial. “Acho que um dos momentos mais difíceis foi na Taça Brasil Sub-16, contra o Vitória, no último jogo. Não podíamos perder para não rebaixar Mato Grosso do Sul. Ganhamos de 4 a 2.”
Na infância, Nicolas encontrou referências que o motivaram a acreditar na posição de goleiro. “Quando menor, assistia muito aos jogos do Rogério Ceni e do Thiago, goleiro de futsal. São dois atletas que me inspiram desde pequeno a seguir nessa profissão.”
A inspiração, porém, hoje se soma ao desejo de também servir de exemplo para outros jovens que sonham em viver o esporte. “Sempre tentem e nunca desistam. Muitas vezes achei que não iria dar certo por conta de inúmeros fatores, mas o importante é sempre ter fé e se esforçar ao máximo para fazer dar certo.”