Terça-feira, 15 de julho de 2025, 09:14

Diretor do Palmeiras suspeita da renda de partida contra o Cene

da redação - 6 de mar de 2008 às 18:22 11 Views 0 Comentários
Diretor do Palmeiras suspeita da renda de partida contra o Cene O Estádio Morenão no dia da partida em vários ângulos. E para você internauta, quantos torcedores haviam no jogo?

Campo Grande (MS) - A diretoria do Palmeiras reclamou publicamente nesta quarta-feira (6) de uma possível renda "suspeita" da partida entre Cene e Palmeiras, realizada no último dia 27 de fevereiro em Campo Grande, no Estádio Morenão. "Eles apresentaram um valor irrisório. Apontaram seis mil pagantes. Causa estranheza", disse o diretor de futebol alvi-verde, Savério Orlandi.

Por ter eliminado o jogo da volta com a vitória por 2 a 0 fora de casa, o Verdão teve direito a 60% da renda líquida, como diz o regulamento da Copa do Brasil. O problema é que os valores apresentados no borderô deixaram dúvidas na diretoria. O Cene divulgou um público de exatos seis mil pagantes. A renda líquida total seria de R$ 36,642,20, sendo que R$ 21.958,32 foram pagos por direito ao Palmeiras.

Segundo a Lancepress!, respeitada agência de notícias na área esportiva, o estádio Morenão, mesmo passando por reformas, foi liberado para 12 mil pessoas, e o espaço destinado aos torcedores naquela noite estava cheio. O Jornal O Estado MS do dia 28 de fevereiro, estimou em 10 mil pessoas o público da partida.

Apesar das reclamações, Savério Orlandi afirmou que a preocupação do Palmeiras não é com o dinheiro. "É uma situação que queremos coibir. Isso não faz bem para o futebol. É uma prática reprovável. Não nos sentimos confortáveis e estou representando o clube", declarou.

Procurado pela equipe de reportagem do Esporte Ágil, o presidente do Cene, José Rodrigues, procurou tirar o Furacão Amarelo da história. "Quem cuidou dessa parte foi a Federação (de Futebol de MS). Para nós está tudo certo", afirmou.

A Federação também se esquivou da acusação. "A única função nossa é a parte de campo, como arbitragem, policiamento, ambulâncias e placas publicitárias, por exemplo, e ainda agindo em nome da CBF (Confederação Brasileira de Futebol)", defendeu-se Ricardo Pereira, assessor de imprensa da FFMS.

Eduardo Maluf, da Dú Promoções - empresa que fez a promoção da partida, negou a suspeita do diretor palmeirense. "Foram vendidos apenas 6 mil ingressos. Eles queriam mais gente, nós também. Eles questionaram no primeiro dia, até achei que fossem reclamar depois do jogo, mas não disseram nada", afirmou por telefone.

No borderô divulgado pela CBF em seu site (www.cbfnews.com.br) outros fatos chamam a atenção. Primeiro o preço dos ingressos, que teriam custado segundo o boletim financeiro R$ 10,00 (dez reais) para sócios, R$ 25,00 (vinte e cinco reais) para a torcida e R$ 15,00 (quinze reais) para estudantes. O preço das entradas na Capital era de R$ 25,00 (vinte e cinco reais) no início das vendas. Na sexta-feira que antecedeu o jogo, o ingresso era encontrado por R$ 40,00 nos postos de venda - posteriormente R$ 20,00, pagando a meia-entrada.

As arquibancadas disponibilizadas, segundo o borderô, também merecem destaque, já que foram contabilizadas apenas as cobertas na contagem. O fato é inusitado, já que essa parte do estádio estava interditada e não foi utilizada no jogo.

Comentários

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos com * são obrigatórios.