Difundir o karatê: a missão de André Peixoto em Corumbá

da redação - 11 de abr de 2025 às 15:06 60 Views 0 Comentários
Difundir o karatê: a missão de André Peixoto em Corumbá Da Redação

Em Corumbá, o karatê tem ganhado cada vez mais espaço por meio do trabalho de André Peixoto, fundador do Samurai Dojô. O projeto nasceu em 2021, logo após o período crítico da pandemia, impulsionado pelo desejo de três amigos faixas-pretas em compartilhar os valores da arte marcial com a comunidade.

“A ideia nasceu de três amigos apaixonados pelo karatê e do desejo de compartilhar essa arte marcial com a comunidade”, conta André. Com o tempo, ele foi o único a seguir no projeto. “Sempre acreditei que o karatê vai muito além da luta, pois é uma ferramenta de transformação pessoal.”

No Samurai Dojô, o estilo ensinado é o Shotokan, conhecido por sua base técnica sólida e ênfase na disciplina. “Ele proporciona uma formação sólida tanto física quanto mental, e acredito que isso faz toda a diferença na formação dos praticantes”, afirma o sensei, que tem mais de 20 anos de prática e quatro de ensino.

O diferencial do dojô, segundo André, está na formação humana dos alunos. Além da técnica e do condicionamento físico, o professor de educação física destaca a importância de trabalhar valores e promover o desenvolvimento individual. “Sou formado em educação física, e isso ajuda muito na transformação deles, deixando as aulas mais lúdicas e pedagógicas.”

Valores como disciplina, respeito e humildade são fundamentos constantes nos treinos. “Eu sempre digo que o praticante de karatê é karateca 24h por dia, não somente dentro do tatame”, afirma. O dojo atende alunos a partir de cinco anos de idade, com turmas divididas por faixa etária e objetivo. Há espaço tanto para quem busca formação pessoal quanto para quem se prepara para competições.

O dojô já colhe frutos desse trabalho. “Tivemos alunos que representaram Corumbá em campeonatos estaduais e se destacaram. Eles foram convocados para fazer parte da equipe estadual no campeonato brasileiro deste ano, em Londrina.”

Apesar dos avanços, manter o projeto em funcionamento exige esforço constante. “Os desafios são muitos, principalmente relacionados à estrutura, recursos e apoio”, explica. Ainda assim, com o envolvimento dos pais e o apoio da comunidade, o Samurai Dojô segue em atividade.

A rotina dos treinos vai além da técnica: há espaço para conversas, reflexões e práticas voltadas à cidadania. “Trabalhamos isso desde o primeiro dia. Incentivamos o respeito aos colegas, à família e à comunidade”, conta André.

O futuro do Samurai Dojô envolve expansão. A intenção é levar o karatê para mais bairros e, também, aproximá-lo das escolas e de projetos sociais. “Acredito que um projeto social poderá contribuir muito, para que mais alunos possam ter acesso ao karatê”, projeta.

Para André Peixoto, o caminho é claro: “Nosso sonho é fazer do karatê uma referência positiva para toda a cidade.”

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