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Destaque no Brasileiro, atleta comemora medalha inesperada, mas lamenta falta de apoio

da redação - 25 de nov de 2016 às 14:24 914 Views 0 Comentários
Destaque no Brasileiro, atleta comemora medalha inesperada, mas lamenta falta de apoio Débora Tofanin anotou 93 pontos nos cinco jogos da ABV-MS, ficando atrás somente de ex-atleta da Seleção Brasileira.

Responsável por 93 pontos nos cinco jogos da ABV-MS (Associação de Basquetebol Veterano de Mato Grosso do Sul) no último Brasileiro Máster, Débora Tofanin foi o principal destaque da delegação sul-mato-grossense, que enviou quatro equipes ao torneio em João Pessoa (PB). Segunda maior cestinha de sua categoria, ela lembra que a equipe foi formada em cima de hora, sem maiores pretensões, mas ganhou corpo no decorrer da competição.

“Foi o time improvável, pois nos organizamos em cima da hora, sem realmente se importar com a classificação, e sim com o bem estar do grupo, da alegria em estarmos juntas em mais uma competição. Só que essa equipe é guerreira, unida. E quando vimos que dava para brigar por uma medalha, não teve jeito. Lutamos até o final. E eu não gosto de perder, tento, luto até o final, até soar o final do jogo. E todas nós tivemos isso: garra, o mais importante. Se fui bem, se fui uma das cestinhas, devo a essa equipe maravilhosa”, comemorou ela, que ficou somente atrás da jogadora Alessandra, que já defendeu a Seleção Brasileira.

A equipe feminina 38+ da ABV-MS conquistou, no último final de semana, a medalha de bronze no Campeonato Brasileiro de Basquetebol Master, realizado na capital paraibana. Na decisão de terceiro lugar, as sul-mato-grossenses venceram a equipe de Brasília (DF) pelo placar de 47 x 44.

As meninas do 38+ começaram arrasadoras no torneio. Estrearam vencendo Brasília por 44 x 31 e, mais tarde, passaram por São Paulo em um jogo apertado: 52 a 48. Depois, perderam para o Amapá por 100 a 65, e para o Paraná por 59 a 25, disputando então a medalha de bronze no torneio.

Sem apoio - O bom desempenho no torneio, segundo Débora, não é reflexo do apoio que a modalidade recebe em Mato Grosso do Sul. Para ela, o esporte deve ser incentivado ainda na base, nas escolas. “Infelizmente não tem apoio. Falta o incentivo, o apoio desde base, desde a criança na escola, na aula de Educação Física. Eu me interessei realmente pelo esporte, pelo basquete, porque tive uma excelente professora de Educação Física, que me apresentou e me mostrou o quanto o esporte transforma vidas. Achei muito diferente quando cheguei aqui em MS. As empresas não tem esse interesse em apoiar, patrocinar equipes esportivas”, lamenta a jogadora, que é natural de Icaraima (PR) e começou a praticar o basquete com 9 anos, em Santa Bárbara do Oeste (SP).

Débora ressalta, no entanto, que não é papel principal do poder público incentivar o esporte de alto rendimento. “O apoio não deve ser só do Governo Estadual ou Municipal, tem que haver uma participação empresarial. Acho que o poder público pode fomentar mais esse papel, principalmente na idade escolar. Assim teremos mais jogadores e jogadoras de basquete”, analisa.

O que mantém as atletas ainda na ativa, conlui a jogadora, é o amor pelo esporte. “Infelizmente o basquete feminino no Estado está acabando, e nós, máster, continuamos a jogar por amor ao basquete, pela amizade, pela união do grupo e para ser incentivo e exemplo para quem está começando. São poucos professores que ainda têm vontade e força para continuar com o basquete no Estado, com poucas horas de treinamento, sem material aďequado, sem quadra adequada, sem nenhum incentivo. Mas estão lá, firmes no que acreditam: o basquete”, finaliza.

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