Valdívia (Chile) - Em uma virada no segundo tempo do jogo, a seleção cubana garantiu o direito de decidir o título do Torneio Pré-olímpico das Américas feminino de basquete. Neste sábado, Cuba venceu o Brasil por 69 a 67 (24 a 31 no primeiro tempo). A final será neste domingo, às 17 horas, contra os Estados Unidos, cujas jogadoras assistiram a partida da semifinal para estudar as adversárias.
As brasileiras enfrentarão a Argentina, às14h30, pelo terceiro lugar. Quem terminar de segundo a quarto lugar disputa o Pré-olímpico mundial, em junho, buscando uma das cinco vagas olímpicas em jogo. O duelo desta noite foi uma repetição da final dos Jogos Pan-americanos, quando o Brasil levou a melhor, no Rio de Janeiro.
Cestinha da equipe no último jogo da fase classificatória, a pivô Mamá acha que contra Cuba o time não conseguiu manter o padrão durante todo o confronto. \'A equipe se precipitou um pouco e no terceiro quarto a defesa não foi muito boa\', lamentou.
O Brasil começou fazendo um bom trabalho defensivo com a proposta de anular, principalmente, as pivôs Yakelyn Plutin e Yayma Boulet, até então as principais cestinhas cubanas. Pressionando, as brasileiras conseguiram fechar o primeiro quarto vencendo por 17 a 14. Mas se ia bem defensivamente, as brasileiras apresentavam problemas na construção de seu ataque. Mesmo assim, chegaram ao final do primeiro tempo com seis pontos de dianteira: 31 a 24.
Depois do intervalo, a situação se inverteu. Cuba encontrou brechas no sistema defensivo nacional e buscou a recuperação. Apesar de bastante marcadas, Plutin e Boulet mantiveram sua produtividade, o que não acontecia com a ala brasileira Iziane, em um dia no qual as bolas teimavam em não cair.
A virada cubana aconteceu no terceiro período, graças a uma bola de três convertida por Soria Bar com pouco mais de 2 minutos por jogar, colocando sua equipe com 43 a 41 no marcador. Duas cestas consecutivas de Plutin, que marcou 18 pontos neste período, ampliaram a vantagem cubana, que não perdeu mais a dianteira. Com mais que o dobro de pontos convertidos em relação ao Brasil (31 a 15), Cuba fechou o período com 9 pontos de vantagem: 55 a 46, para alegria da torcida que em sua maioria incentivava a performance cubana.
No último período, as brasileiras continuaram apresentando os mesmos problemas em quadra. Precipitações, falhas nas jogadas defensivas permitiam a Cuba múltiplas oportunidades dentro dos ataques. Com 5 minutos por jogar, as cubanas tinham 61 a 52, quando as brasileiras ensaiaram nova recuperação.
A veterana Claudinha, que tentava controlar a adrenalina da equipe, converteu uma bola de longa distância. Na seqüência, Micaela aproveitou uma bobeada do ataque de Cuba, roubou a bola e desceu livre em um rápido contra-ataque para deixar a diferença em 3 pontos: 62 a 59.
Os três pontos foram mantidos até o final dos últimos dois minutos, quando Micaela converteu mais dois pontos, deixando o Brasil apenas um ponto atrás: 66 a 65. No lance-livre, as cubanas recuperaram os três pontos de diferença, mas Grazi descontou a diferença com mais uma cesta de dois. As brasileiras ficaram com a posse com 16 segundos por jogar em falta sofrida por Iziane, mas a ala não conseguiu converter nenhum dos arremessos. No ataque seguinte, ela arriscou uma cesta de três que também não caiu e Cuba venceu por 69 a 67.