Campo Grande (MS) - Num domingo de manhã, nublado de agosto, o clima parecia anunciar que alguma situação nebulosa estaria para acontecer. Numa rodada prevista para acontecer três jogos pelo Campeonato Estadual adulto masculino, não precisava nem de uma bola cristal para saber os virtuais vencedores das partidas.
Tudo ocorria normalmente conforme o script. No primeiro, jogo vitória tranquila de Corumbá contra os lanternas do grupo, Serc. Na segunda partida, todos das arquibancas já faziam suas apostas, de quantos pontos a equipe do Sóter iria perder.
O árbitro subiu a bola, e quando os atletas começaram a demonstrar as repectivas performances durante no jogo, eis que me veio na lembrança a final dos Jogos Panamericanos, onde o Brasil, comandado por Oscar, Gerson e Marcel, comandaram uma vitória heróica sobre o imponente Estados Unidos. Pois é, a equipe do Sóter, comandada pelos arremessos de três pontos do Oscar, Gerson e o presidente da equipe, Vágner, conseguiram acertar nove cestas de três pontos e construíram um placar inacreditável de 36 a 12 no primeiro quarto, fazendo inveja a seleção brasileira de 87.
No final do segundo quarto, o Super Sóter ainda continuava comandando o jogo, só que com menos intensidade, mas convertendo bolas de três pontos, inclusive a última bola do quarto foi uma cesta do meio da quadra convertida pelo iluminado Oscar, que só faltou cortar a redinha do aro e colocar no pescoço, relembrando a glória do seu homônimo na comemoração do título Panamericano.
No intervalo do jogo, nem o mais confiante jogador do Sóter acreditava que o imponente Ággil iria cair. A torcida também não estava acreditando naquilo que estava acontecendo. Será que estavam prestes a ser testemunhas de outro feito inédito no basquetebol?
Não é que no terceiro quarto, entrou em ação o sexto elemento do Ággil, o jogador Clodoaldo. Sabendo que o jogo estava caminhando para o seu final não tão feliz, não teve dúvida, sabendo do ponto fraco do adversário, tirou da sua bolsa uma pedra de criptonita e a colocou no banco de reservas da equipe do Sóter.
Depois desta jogada suja, os jogadores do Sóter sentiram que alguma coisa estranha estava acontecendo, pois não conseguiam converter nenhum arremesso de longa distância e começaram e perder o fôlego.
Foi quando a equipe do Ággil, comandados pelo antiético Clodoaldo, se aproveitaram da situação e abriram uma distância no placar que lhes deram a vitória de 95 a 76. Desolados, os atletas do Sóter só descobriram a arma utilizada pelo adversário após a partida. Não conformados com esta atitude antidesportiva, os atletas se perguntam: até quando os adversários utilizaram este meio para derrotar a equipe da Liga da Justiça?
Ah! No terceiro jogo da rodada, as frutinhas do O.T/Ággil conseguiram perder mais uma partida, desta vez, para a equipe de Corumbá.
Só não quero acreditar que quem descobriu o ponto fraco do Super Sóter foi a alguns integrantes do O.T/Ággil e, com medo de ser ultrapassados na classificação, espalharam este segredo para as outras equipes. Espero que a comissão disciplinar esteja atenta.
Texto: Vagner Almeida