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Crônica de um jogo de domingo, da LPBMS, por José Luis Pissin

da redação - 20 de abr de 2009 às 16:44 330 Views 0 Comentários
Crônica de um jogo de domingo, da LPBMS, por José Luis Pissin Lance da partida entre O.T./Ággil x Sóter.

Campo Grande (MS) - Manhã de domingo, tudo pronto para o primeiro jogo do torneio adulto da Liga Pró Basquetebol a ser disputado pela equipe O.T./Ággil, equipe "hospitaleira", que tem a fama de receber bem seus adversários, deixando sempre que eles vençam os jogos.

Mas a manhã estava ensolarada, o ginásio recebendo um bom público e o jogo sendo gravado. Seriam o prenúncio de que mudanças estavam por vir?

Dentro das quatros linhas, estavam as duas equipes no aquecimento, a direita estava o O.T./Ággil, estreando um novo uniforme, azul claro, com destaque para o gráfico que representava onde estava pulsação da equipe. Certamente um artifício muito bem planejado para distrair a equipe adversária, a torcida logo percebeu e foi o destaque dos minutos iniciais do jogo.

Do outro lado, o time do Sóter, com seu super uniforme, para o qual parecia que faltava apenas uma capinha vermelha para que os jogadores pudessem voar em quadra. Com um número maior de jogadores, o Sóter tinha um bom elenco no banco, que com certeza garantiria maior rotação durante o jogo, permitindo mais descanso para os seus principais jogadores.

A partida inicia com o time do Sóter acertando tudo, nesse momento os jogadores do O.T. devem ter se lembrado do último jogo da copa Sesc/LPBMS Máster, onde o time do Sóter conseguiu abrir vantagem e garantir a vitória, deixando o O.T. em quarto e último lugar do torneio. A história iria se repetir? Tudo indicava que sim.

Aos poucos a vantagem foi se ampliando e o primeiro quarto estava fadado a confirmar a supremacia do super time do Sóter, mas o talento nas bolas de 3 pontos do veterano atleta Totó conseguiram manter o O.T. na partida, não deixando a vantagem crescer.

Veio o segundo quarto e o jogo se equilibrou, principalmente porque o O.T./Ággil lembrou que tinha pivôs no banco, e os colocou para jogar um pouco. Em um lance de sorte, um dos melhores jogadores do Sóter teve um acesso de stress com o árbitro e foi desqualificado da partida. Por um momento, temi que ele fosse fritar o pobre árbitro com sua super visão de calor, se bem que ao sair ele tentou dar um "pega" no árbitro, mas foi contido por seus super companheiros. Talvez o árbitro, prevenido, estivesse usando algum acessório de kriptonita, que o salvou de um destino cruel e trágico.

O primeiro tempo acabou com a equipe do O.T. vencendo por alguns pontos (acho que quatro), acreditem se quiser. O mundo estava rodando ao contrário? O que estava errado?

Na volta do intervalo, a equipe do O.T. mostrou um grande desequilíbrio, perdeu-se graças a forte marcação individual e sob pressão da equipe do Sóter. Os armadores mal conseguiam passar da linha central (olha que estavam três em quadra), todos os passes, quando ocorriam, eram mascados e na maioria das vezes param nas mãos dos adversários. O experiente ala/pivô Gil, da equipe do O.T., foi ao delírio, quase rasgou o uniforme novinho e as roupas de baixo, e por pouco não teve que usar os serviços do patrocinador do novo uniforme. Nas arquibancadas, o comentário que rolava era que o time tinha o patrocinador certo, pois queria matar todo mundo do coração.

Mas em algum momento, mais precisamente no intervalo do terceiro para o último quarto, a equipe O.T. teve um lampejo de lucidez, motivada talvez pelos gritos do ala/armador/técnico e terapeuta nas horas vagas Herbert, conseguiu voltar para o jogo.

O último e decisivo quarto foi emocionante, com o O.T. mantendo uma vantagem mínima e o Super, quero dizer, Sóter, pressionando fortemente na busca da virada. A equipe O.T. conseguiu manter a vantagem apertada, mas continuou querendo matar a torcida do coração. Faltando menos de 1 minuto para o fim da partida. a vantagem era de apenas um ponto, a marcação pressão do Sóter conseguiu deter quatro ataques seguidos do O.T., porém em nenhum deles o Sóter conseguiu dominar a bola, todas as tentativas culminaram na volta da posse de bola para a equipe O.T.

No finalzinho, o O.T. ampliou a vantagem em lances livres e fechou a partida em 63 a 60, para a vibração de parte da torcida que compareceu ao ginásio para apoiar o time. Mais precisamente eu, o Sena e o Julio Vareta.

Mas os tempos mudaram, quando alguém poderia imaginar que na primeira rodada da Liga 2009, o papel das duas equipes Ággil se inverteria, com o time da primeira divisão sendo batido e o da segunda superando um Super adversário. É, meus amigos, aguardem novas emoções para as próximas rodadas, porque esse ano promete.

Deixando todas as brincadeiras de lado, quero dar os meus parabéns para o O.T., que mesmo com apenas sete jogadores conseguiu sua primeira vitória na Liga, e o melhor, em determinado momento, bem de relance, consegui visualizar uma equipe. Mas não se entusiasmem, pois foi por uma mísera fração de segundo. O objetivo de vocês é fazer com que isso se torne permanente.

Texto: José Luis Pissin

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