Segundo a CBF, a medida atende a uma determinação da própria Fifa, que pede à arbitragem de seus quadros que puna comemorações que insuflem ou ridicularize torcidas rivais. No entanto, a entidade brasileira não vinha tomando medidas desde a primeira vez que o funk de MC Créu foi imitado pela primeira vez em um estádio - no caso, pelo meia Thiago Neves, na vitória por 4 a 1 do Fluminense sobre o Flamengo pela sétima rodada da Taça Guanabara, em 10 de fevereiro.
A Dança do Créu é apenas uma das comemorações polêmicas que a CBF espera conseguir afastar dos estádios. Neste final de semana, por exemplo, os jogadores do Avaí causaram muita confusão na vitória por 2 a 0 sobre o Figueirense, em clássico pelo Campeonato Catarinense disputado no Orlando Scarpelli. Na ocasião, o atacante avaiano Bebeto comemorou o segundo gol em frente à arquibancada alvinegra, fazendo sinal de silêncio. Em seguida, virou-se de costas e apontou o número de sua camisa.
Na mesma partida, o meia Marquinhos - também do Avaí - dançou o "Créu", após ter se envolvido em problemas no segundo tempo com o meia Elton, do Figueira, que acabou expulso. Segundo a CBF, problemas como o de Florianópolis também motivaram a proibição de tais comemorações, mas o veto não se refere especificamente a determinadas danças ou gestos.
"A dança já está na televisão, no mundo musical de uma maneira democrática, mas não pode ir ao adversário ou à torcida adversária de modo que possa provocar um problema como ocorreu em Florianópolis", explicou Sérgio Corrêa, presidente da comissão de arbitragem da CBF, de acordo com o jornal Diário Catarinense.