O presidente da FIFA, Gianni Infantino, completa nove anos à frente da entidade máxima do futebol mundial nesta quarta-feira (26). O dirigente suíço foi eleito para o cargo mais alto do instituição com sede em Zurique, na Suíça, em 26 de fevereiro de 2016. Seu mandato atual é vigente até 2027.

"Parabenizo o presidente Gianni Infantino por mais uma ano da sua eleição na Fifa. Desde 2021, quando assumi ainda de forma interina o comando da CBF, o presidente sempre se mostrou um grande parceiro do futebol brasileiro. Trabalhamos juntos na luta antirracista no futebol e na organização da maior Copa do Mundo Feminina da história, que será realizada em 2027 no Brasil, entre outros temas. Ao longo desses anos, a nossa parceria só cresceu e pretendemos fazer muito mais pelo futebol", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Desde que assumiu a presidência da FIFA, Infantino realizou uma série de mudanças em prol do desenvolvimento do esporte e tem sido um grande parceiro do Brasil, em especial na luta contra o racismo e quaisquer outros tipos de discriminação.

No dia 17 maio do ano passado, durante o 74º Congresso da FIFA em Bangkok, na Tailândia, a FIFA aprovou a implementação do Gesto Antirracismo. O movimento de cruzar os braços na frente do peito foi criado para denunciar às autoridades de uma partida a ocorrência de um ato racista.

Este protocolo já está em prática em todo o futebol no Brasil, tendo começado a partir do jogo entre Brasil e Uruguai, pelas Eliminatórias, em Salvador, no dia 19 de novembro de 2024. A luta antirracista é uma das principais bandeiras da gestão de Ednaldo Rodrigues, primeiro negro e nordestino a comandar a CBF, que também foi pioneira ao incluir em seu Regulamento Geral de Competições punições esportivas para casos de racismo.

Copa Feminina no Brasil, em 2027
Também no Congresso da FIFA ocorrido na Tailândia, o Brasil foi eleito como a próxima sede da Copa do Mundo Feminina, em 2027. Pela primeira vez, o Mundial será realizado na América do Sul. A CBF quer realizar a melhor edição da história do torneio.

Sob o slogan Uma Escolha Natural (A Natural Choice), a candidatura brasileira foi escolhida na mais democrática votação da história. À exceção dos quatro países candidatos, 207 federações nacionais participaram. Antes da mudança promovida por Infantino, a qual é válida para a escolha das sedes das Copas Masculina e Feminina, apenas 36 integrantes do antigo Comitê Executivo tomavam a decisão.

Na eleição conduzida por Infantino, o Brasil venceu por 41 votos de diferença. Com a nota 4, a melhor na avaliação da FIFA, e após um esforço de convencimento, conseguiu 119 contra os 78 votos obtidos pela candidatura europeia formada por Holanda, Alemanha e Bélgica.

Em prol do futebol inclusivo
Além disso, FIFA e CBF estão unidas na missão de desenvolver o futebol para deficientes. Lançado pela entidade mundial na última semana, o Guia do Futebol para Pessoas com Deficiência (FIFA Disability Football Toolkit) reconhece o trabalho a favor do futebol inclusivo realizado pela instituição brasileira, que apoia a Seleção Brasileira de Futsal Down, colabora com as Olimpíadas Especiais e é parceira da Seleção “Brasa” de Futsal Nanismo.

A CBF também procura dar visibilidade ao esporte paralímpico. Na final da Copa do Brasil de 2023, convidou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e bicampeão paralímpico de futebol de cegos, Mizael Conrado, a entregar o troféu à equipe campeã. Em seu último Relatório de Gestão, a entidade teve uma seção dedicada às Seleções Inclusivas, para reafirmar que são tão importantes quanto qualquer outra equipe nacional.

Mudanças e novas competições
No mandato de Infantino, a FIFA trabalha para que as Copas, de todas as categorias, sejam ainda mais mundiais. A edição de 2023 do Mundial Feminino teve o seu formato alterado de 24 para 32 seleções na disputa da competição. Já o próximo Mundial Masculino, em 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá, contará com 48 países na briga pelo título.

A partir deste ano, as mudanças feitas nas Copas Masculina e Feminina Sub-17 terão início. A entidade ampliou os dois torneios e anunciou que serão realizados anualmente. De 24 participantes, o Mundial Masculino passará a ter 48 seleções e, até 2029, será no Catar. No mesmo período, o Feminino se dará no Marrocos e foi incrementado de 16 para 24 seleções.

Entre 15 de junho e 13 de julho deste ano, a entidade mundial organizará a primeira edição da Copa do Mundo de Clubes, que acontecerá a cada quatro anos e, em 2025, terá como sede os Estados Unidos. O Brasil é o país com mais representantes, com quatro: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras.

A FIFA também realizará o Mundial de Clubes Feminino, a cada quatro anos e com 16 clubes na disputa. A competição vai acontecer em janeiro ou fevereiro de 2026.