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“Cada treino conta”: o caminho de Ian Cavalheiro no voleibol sul-mato-grossense

da redação - 11 de nov de 2025 às 15:51 62 Views 0 Comentários
“Cada treino conta”: o caminho de Ian Cavalheiro no voleibol sul-mato-grossense Da Redação

Ian Marcel Benites Cavalheiro nasceu em 21 de abril de 2003, em Jardim, interior de Mato Grosso do Sul. Hoje, aos 22 anos, ele representa Campo Grande no vôlei e constrói uma trajetória marcada pela disciplina, pelo planejamento e pela busca constante de evolução. A história dele se aproxima da de muitos jovens atletas que começam no esporte dentro da escola, mas que, ao longo do caminho, encontram no treino diário a confirmação do rumo que desejam seguir.

 

Ian conta que o primeiro contato veio nas aulas de educação física. “Eu descobri o vôlei ainda na escola. Sempre gostei de esportes, mas o vôlei me chamou atenção por ser um jogo coletivo que exige técnica, foco e muita comunicação.” A identificação foi imediata, e o ambiente escolar acabou servindo de porta de entrada para algo maior. Professores e colegas, segundo ele, tiveram papel importante nesse início. “Comecei jogando nas aulas e fui pegando gosto. Tive professores e colegas que me incentivaram bastante, e isso me motivou a levar o esporte a sério.”

 

A primeira experiência em quadra fora da escola também ficou marcada na memória. Ian lembra que o nervosismo não foi diferente do entusiasmo. “No primeiro treino eu estava nervoso, mas animado. Queria mostrar serviço e aprender rápido.” A sensação se intensificou quando disputou o primeiro campeonato. “Senti o frio na barriga de competir de verdade, mas também a emoção de representar minha equipe. Foi ali que percebi que o vôlei era o que eu queria seguir.”

 

Com o tempo, veio a necessidade de se firmar enquanto atleta em Campo Grande. Mesmo com o crescimento do voleibol na cidade, o processo envolve barreiras. “Acredito que o maior desafio foi conquistar espaço e reconhecimento. A estrutura para o vôlei está crescendo, mas ainda não é fácil manter um ritmo de treinos, estudos e competições.” A conciliação das rotinas é, para ele, uma questão de organização e constância. “Tenho horários bem definidos e tento manter tudo em equilíbrio. Tem dias cansativos, claro, mas quando a gente ama o que faz, encontra energia.”

 

Essa noção de disciplina aparece em todas as falas de Ian, especialmente quando aborda o que considera indispensável para quem deseja competir em alto nível. “Foco, dedicação e resiliência. O vôlei exige técnica e preparo físico, mas o mental é tão importante quanto. É preciso saber lidar com erros, aprender rápido e sempre querer evoluir.”

 

A inspiração na carreira também existe. Ian cita Lucarelli como uma referência. “Ele tem uma energia incrível dentro de quadra e mostra o quanto é possível se superar com trabalho duro. Tento me inspirar nessa mentalidade de estar sempre buscando o melhor de mim.” Não se trata apenas de copiar gestos técnicos, mas de assimilar postura, ética e constância.

 

Entre os momentos marcantes, o primeiro título conquistado com a equipe de Campo Grande aparece como um divisor. “Foi o resultado de meses de treino e esforço, e ver tudo isso dar certo foi uma sensação indescritível. Ali eu tive certeza de que todo o sacrifício vale a pena.” A afirmação revela a força da vivência coletiva no esporte: a celebração compartilhada reforça convicções individuais.

 

Antes de jogos importantes, a busca por equilíbrio mental entra em cena. Ian explica que, com o tempo, aprendeu a transformar a pressão em combustível. “Procuro manter a calma e lembrar de todo o trabalho feito até ali. Ouço música, respiro fundo e foco em executar o que treinei. A pressão faz parte, mas aprendi a transformar ela em motivação.”

 

O caminho daqui para frente segue um passo de cada vez, mas com metas claras. “Meu foco é continuar evoluindo, disputar campeonatos maiores e quem sabe chegar a uma equipe nacional. Defender a Seleção Brasileira é um sonho, e cada treino, cada jogo, é um passo nessa direção.”

 

Ao final, Ian deixa uma mensagem direta aos jovens que pensam em trilhar o mesmo caminho. “Eu diria pra acreditar e dar o primeiro passo. O começo é sempre difícil, mas o importante é não desistir. Cada treino conta, cada obstáculo ensina. Se você tem paixão pelo vôlei, vai valer a pena.”

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