Spa (Bélgica) - Um toque com o suíço Sébastien Buemi, com o qual estaria disputando uma vaga da Toro Rosso na próxima temporada, pode ter arruinado as chances de Bruno Senna conquistar da Fórmula GP2. Disputando a antepenúltima prova do ano neste domingo, o brasileiro teve um pneu furado com o incidente e foi obrigado a abandonar a prova no circuito belga de Spa.
Com isso, Bruno manteve-se com 60 pontos na tabela, 11 a menos que o segundo colocado, o italiano Giorgio Pantano - o líder da temporada, aliás, foi impedido de correr na segunda parte da rodada dupla na Bélgica por ter batido no também brasileiro Lucas di Grassi no final da corrida deste sábado.
Uma decisão dos comissários de pista, aliás, também prejudicou Bruno Senna no sábado. Isso porque o sobrinho de Ayrton Senna liderava a prova e estava próximo de conquistar dez pontos quando foi punido com um drive-through por "conduta perigosa" na saída do pit stop - na ocasião, ele e o compatriota Alberto Valério quase bateram no pit lane. No GP de Valência, incidente semelhante na Fórmula 1 custou a Felipe Massa a multa de 10 mil euros.
A prova deste domingo foi vencida por um carro de uma equipe brasileira, a Piquet Sports: com uma ultrapassagem sobre o belga Jérome D'Ambrosio na última volta, o venezuelano Pastor Maldonado ficou com a taça. Em terceiro lugar, apareceu o russo Vitaly Petrov. O melhor brasileiro na disputa foi Lucas di Grassi, atual reserva da Renault, que ficou em quinto lugar.
Apesar da desvantagem, Bruno ainda acredita numa reviravolta na reta final. "Fomos absurdamente rápidos com os testes em Paul Ricard que simularam o acerto de baixa pressão aerodinâmica de Monza. Temos de nos concentrar em fazer nosso trabalho da melhor forma possível e esquecer do resto, especialmente daquilo que não controlamos", comentou Bruno, que estava em quinto quando bateu com Buemi. E reclamou do rival.
"Buemi me cortou a frente pela segunda vez, o que é proibido pelo regulamento. Fiquei sem espaço, procurei evitar uma batida mais forte, mas houve o choque e a asa dianteira começou a arrastar no meu pneu dianteiro direito. Eu poderia ter parado e feito a troca, mas não havia mais sentido em prosseguir", lamentou Bruno, que já havia reclamado da punição do sábado. "Sábado, conversei com o chefe dos comissários desportivos sobre minha punição. Não fiquei convencido com as justificativas dele, mas não dá para bater de frente com esse pessoal", emendou.
Bruno é um dos quatro pilotos que chegarão à Itália sonhando com o título. Além dele e de Pantano, ainda se agarram às chances matemáticas o brasileiro Lucas di Grassi e o francês Romain Grosjean, que dividem a terceira colocação com 53 pontos.
Outros brasileiros na disputa, Carlos Iaconelli foi o 14º colocado, enquanto Diego Nunes e Alberto Valério abandonaram.
Confira o resultado da segunda prova da GP2 na Bélgica:
1. Pastor Maldonado (VEN/Piquet Sports)
2. Jerome D\\\'Ambrosio (BEL/DAMS): a 1s256
3. Vitaly Petrov (RUS/Campos Team): a 5s439
4. Sébastien Buemi (SUI/Arden): a 6s390
5. Lucas di Grassi (BRA/Campos Team): a7s222
6. Kamui Kobayashi (JAP/DAMS): a 7s890
7. Davide Valsecchi (ITA/Durango): a 8s213
8. Karun Chandhok (IND/iSport): a 8s767
9. Javier Villa (ESP/Racing Engineering): a 12s199
10. Romain Grosjean (FRA/ART): a 16s317
11. Ho-Pin Tung (CHN/Trident): a 17s065
12. Michael Herck (ROM/DPR): a 18s351
13. Carlos Iaconelli (BRA/BCN): a 20s023
14. Adrián Vallés (ESP/BCN): a 20s350