Denver (EUA) - Um ano de recomeço e de provação. Depois de assinar um contrato de US$ 60 milhões por seis anos, o pivô Nenê teve de lidar com dor crônica em um joelho operado e o olhar desconfiado de uma série de críticos para viver seu melhor momento no Denver Nuggets.
"Quero que meu contrato tenha o mesmo valor que meu jogo. Agora estou voando e surpreendendo todo mundo", afirmou o jogador ao jornal "Denver Post".
O site da ESPN chegou a apontar a renovação dos Nuggets com o paulista de São Carlos como o quinto pior negócio que uma franquia havia feito na pré-temporada. Em abril, o ex-jogador Bill Walton, uma das lendas da liga e hoje comentarista do mesmo grupo de mídia, afirmou que hoje o atleta "assusta\" seus adversários.
Nenê, que se apresentou para os Nuggets bem acima do peso e teve de passar por combinação de regime e condicionamento físico exigentes (perdeu cerca de 18kg), ainda não tem alívio físico quando sai de quadra e precisa de aplicação de gelo antes e depois das partidas.
Mas ao menos a confiança começa a se restabelecer. Desde que voltou ao time titular em fevereiro, o jogador contribuiu com sete "double-doubles" (dois dígitos em dois fundamentos) para alavancar suas médias. Ele terminou o ano com 12,2 pontos e 7 rebotes, as melhores de sua carreira.
"Nenê está melhorando e melhorando a cada jogo. Sempre acreditei que ele ficaria em forma no final da temporada", avaliou o veterano pivô Marcus Camby.
Pela mesma linha seguiu Mark Warkentien, vice-presidente de operações de basquete dos Nuggets. "Fomos um pouco criticados, mas estamos onde imaginávamos que estaríamos. É óbvio que ele tem jogado muito bem e nós sempre achamos que ele é um grande pivô", disse.
"Qualquer um que assina contratos grandes é ridicularizado ou é envolto em negatividade. Mas ele não deixa isso afetá-lo e apenas faz o seu em quadra", completou Camby.