Sem se cruzar na fase classificatória, as duas equipes abrem a fase final do Grand Prix, às 12h30 desta quarta-feira, em Reggio Calabria. Quem estava naquela partida em Atenas -2004 não esconde um gostinho de revanche. "A expectativa de cruzar com a Rússia era grande. Será um jogo difícil, que exigirá muito de nós. Ainda mais por termos uma história entalada com elas", diz Fofão, terceira colocada no ranking das levantadoras e nona entre as sacadoras mais eficientes, com 10 aces.
Para Valeskinha, outra sobrevivente dos Jogos de Atenas, a derrota de virada foi uma lição que pode ser utilizada para o resto da vida, até mesmo nas finais do Grand Prix 2006. "A situação também pode servir de estímulo. Quando estivermos atrás no placar, vamos lembrar que sempre é possível virar um jogo", diz a jogadora, que agora atua como ponteira.
A novidade entre as 12 jogadoras inscritas por Zé Roberto para a fase final do Grand Prix é a volta da oposto Renatinha, que entra no lugar de Joycinha. Mari, que sentiu dores na região abdominal e foi poupada no treino desta terça-feira, está confirmada no grupo.
As nove vitórias em nove jogos na fase classificatória não iludem o técnico José Roberto Guimarães, que pensando no futuro, comemorou a chance de encarar a Rússia logo na estréia da fase final. "A Rússia ficou em segundo por apenas uma derrota. Também é uma das equipes favoritas. Mas queria mesmo que elas caíssem na nossa chave. Será uma boa oportunidade de avaliá-las antes do Mundial. Elas têm jogado diferente no sistema defensivo, temos de nos adaptar. Quanto mais difíceis os testes, melhor", diz o treinador.
Além da Rússia, o Brasil terá pela frente o Japão na primeira etapa da fase final. No outro grupo estão Itália, China e Cuba. Os dois primeiros colocados se classificam para as semifinais.