O tropeço coloca fim a uma série de 22 partidas invictas do Brasil em competições oficiais. A última derrota havia sido para a seleção norte-americana, no final da Copa América, em 2004. Desta vez, com dificuldades para a recepção, os brasileiros não conseguiam lidar com o forte saque dos adversários e enfrentavam problemas para articular os ataques.
Na fase de classificação, o Brasil esteve imbatível e teve 100% de aproveitamento em 12 jogos disputados, tendo perdido apenas seis sets. Os búlgaros, por outro lado, foram vencidos em apenas dois de seus confrontos.
O jogo - Em sua primeira tentativa de ataque com André Nascimento, o Brasil foi bloqueado, mostrando o que teria que encarar por toda a partida. Logo de cara, o time do técnico Martin Stoev abriu 5/2 e, mesmo com as broncas de Bernardinho, o time não reage e permite uma grande vantagem de oito pontos: 18/10. Apesar de melhorar no final do set, o Brasil ainda desperdiçou contra-ataques, mas a Bulgária acabou fechando o primeiro set em 25/17.
No segundo, quando se esperava uma reação, os brasileiros permitiram à Bulgária abrir 3/1. A reação veio com o empate em 6/6, e a empolgação aumentou ainda mais com um bloqueio de André Heller, que colocou o time em vantagem com 9/8. Apesar de melhorar o saque, os campeões olímpicos assistiram a uma nova reação. Com equilíbrio no final, os búlgaros forçaram o serviço e fecharam a parcial em 25/23.
O Brasil já estava atordoado no terceiro set e permitiu que a Bulgária abrisse quatro pontos antes de empatar em 5/5. Os adversários souberam administrar o momento brasileiro e equilibraram a parcial, abrindo três pontos no 17/14. Apesar do bom saque de Ricardinho, que cresceu no final da partida, os búlgaros não tiveram problemas para encerrar com 25/20, impondo a primeira derrota de Bernardinho no continente europeu em cinco anos de seleção masculina.
O Brasil volta à quadra nesta quinta-feira para enfrentar os italianos, que não foram bem na fase de classificação e foram convidados para a fase final. Na sexta, é a vez de medir forças contra os anfitriões russos. Uma derrota em qualquer um dos jogos dificulta deve eliminar as chances de classificação para as semifinais.