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Bate-Bola: Claudio Kenzo

Claudio Kenzo
jones mário - 14 de nov de 2013 às 13:17 1918 Views 0 Comentários
Bate-Bola: Claudio Kenzo "Coxim sempre foi lembrada pelos grandes peixes. Onde estão?"

Claudio Kenzo trabalha no setor de Geração de Energia em uma fábrica de celulose de Três Lagoas, mas nas horas vagas se dedica à Pesca Esportiva. Hoje, ele é vice-presidente da Associação de Pesca Esportiva de Três Lagoas.

Em entrevista ao site Esporte Ágil, Claudio conta do prazer que sente com a Pesca, dos perigos da prática predatória e das atividades proporcionadas pela APETL. Confira:

Esporte Ágil - Como e porque surgiu o interesse pela Pesca Esportiva?

Claudio Kenzo - Cheguei em Três Lagoas em maio de 2008, para trabalhar na Fibria, fábrica de celulose, onde trabalho até hoje. Me interessei pela pesca do tucunaré e pescava todos os finais de semana. No início eu levava os peixes, mas alguns meses depois comecei a pescar em trio com meus amigos, André Junio e João Vitor. Juntos, criamos uma equipe de Pesca Esportiva chamada Tucunas do Pantanal, para participar de torneios de pesca e divulgar a Pesca Esportiva na cidade.

A participação de torneios, contato com programas de TV, revistas, redes sociais e o convívio com pescadores esportivos são, na minha opinião, as grandes influências para o ingresso na Pesca Esportiva.

EA - O que mais te chama atenção nesta modalidade?

CK - As fotos, filmagens e solturas que fazemos. São momentos únicos, o grande troféu retornando ao seu habitat.

EA - Mato Grosso do Sul é uma referência neste esporte? Por quê?

CK - Ainda não. A cultura da pesca predatória vem de décadas. Coxim sempre foi lembrada pelos grandes peixes. Onde estão?

A Pesca Esportiva tem tido uma trajetória de crescimento muito boa na região. A criação da APETL foi um marco. Primeira associação de Pesca Esportiva do Estado.

Recentemente, ocorreu a criação da Associação de Pesca Esportiva de Paranaíba. É a modalidade crescendo e ganhando espaço, mudança de culturas, quebra de paradigmas.

EA - Como surgiu a APETL?

CK - Em fevereiro 2012, enquanto pescávamos com a equipe Tucunas do Pantanal, o Stênio Congro Neto, atual Presidente da APETL, me convidou para iniciarmos um trabalho criando uma associação. Desde a fundação, temos feito algumas ações com a comunidade e trabalhado em prol da Pesca Esportiva na cidade e região.

EA - Quais são as principais atividades promovidas por ela?

CK - O torneio de Pesca Esportiva que fazemos em maio, é atualmente um dos maiores torneios da modalidade no Brasil. Além do torneio, praticamos a limpeza dos rios, representamos a cidade em torneios por todo País, e temos projetos em andamento, como a pesca mirim, Desafio APETL, entre outros que estão em fase de elaboração.

EA - Qual é o grande destaque da APETL?

CK - A APETL é sem dúvida nenhuma o maior destaque da Pesca Esportiva em Três Lagoas e região. Sendo uma instituição, suas ações são compartilhadas em equipes, e esse cordão aumenta a cada dia.

As ações que a APETL realiza, sempre sem fim lucrativo, visam o desenvolvimento e a sustentabilidade do turismo da pesca.

EA - Como funcionam as competições? Como é julgado o campeão?

CK - As competições de Pesca Esportiva são baseadas na prática do pesque e solte do tucunaré. As equipes, em duplas ou trios, podem medir 5 ou 7 peixes, dependendo do torneio. O tamanho dos peixes medidos é somado e quem tiver o maior número de pontos ganha.

Normalmente são premiados os 10 primeiros colocados e quem captura o maior tucunaré e maior traíra. A competição ocorre durante um dia inteiro de pescaria, e a festa da premiação é sempre o momento mais esperado. Os prêmios de valor são sorteados para garantir a idoneidade da competição.

EA - Quanto custa o material para quem quer começar no esporte?

CK - Para a prática da Pesca Esportiva recomenda-se  varas leves, carretilhas, iscas artificiais, alicates, linha multifilamento. O custo pode ser de R$200,00 à R$ 500,00 para quem está começando.

EA - O que é feito para que o esporte não machuque os peixes?

CK - Infelizmente, não há forma de capturar o peixe e ele não ter nenhum machucado. Algumas ações como uso de garateias sem farpa, uso de passaguá ao invés do boga grip, e a soltura rápida ajudam a reduzir esse impacto. Mais de 95% dos peixes capturados retornam em condições de soltura.

EA - Existe algum incentivo público ou privado para modalidade? É suficiente?

CK - Sim, a APETL recebe ajuda da Prefeitura para a realização do torneio de pesca, e essa ajuda é utilizada na infraestrutura do evento. Os incentivos ainda são pontuais e com o trabalho que estamos desenvolvendo, esperamos despertar tanto no poder público quanto no privado o interesse em patrocinar atividades relacionadas à Pesca Esportiva.

EA - Quais são os planos futuros da Associação?

CK - Temos projetos na área social com crianças carentes, doações de cestas básicas e projeto de marcação e monitoramento de peixes, que estão em elaboração e devem ser divulgados em breve. Pretendemos influenciar e aumentar significativamente a quantidades de pescadores esportivos, dessa forma, aumentando o estoque pesqueiro e desenvolvendo o turismo. Curtam a nossa pagina no facebook!

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