Goiânia (GO) - Alex Dias de Almeida, 34 anos, natural de Rio Brilhante (MS), atacante do São Paulo e que defendeu o Goiás em duas oportunidades - entre 1995 e 1999 e em 2004 - está passando férias em Goiânia, onde aproveita para cuidar dos negócios e também para curtir a noite da Capital.

Ontem, enquanto ele visitava as obras de um de seus empreendimento imobiliários, Alex Dias atendeu à imprensa e reiterou que deseja encerrar a carreira no Goiás, e ainda espera jogar futebol até os 40 anos. Outra meta do matador é vestir a camisa da seleção brasileira ainda este ano.

Em entrevista ao Diário da Manhã, o atacante - que tem contrato com o São Paulo até o fim de 2007 - disse que se considera "um príncipe lindo" e que gosta de ficar à vontade com as mulheres. Confira mais detalhes a seguir:

Diário da Manhã - Como vê a alta concorrência no ataque do São Paulo?
Alex Dias - O São Paulo é um time que tem muitos atacantes, sempre estamos revezando, então as oportunidades que você tem precisam ser bem aproveitadas. No PSG, já convivi com essa concorrência. Éramos eu, Aloísio, Anelka, Okocha, Ronaldinho e outros nomes menos conhecidos no Brasil.

DM - Como pretende vencer a concorrência e garantir uma vaga entre os titulares?
Alex - Vai depender do Muricy. A gente se apresenta no dia 19, depois de 15 dias de folga, e vou trabalhar para continuar sendo titular. Mas às vezes ele reveza, opta dependendo dos jogos em colocar outros atacantes.

DM - Parte da imprensa nacional te rotulou de "artilheiro dos golaços". Como é conviver com esta cobrança de sempre ter que fazer gols bonitos?
Alex - Isso começou no Vasco, ano passado, quando eu fiz muitos gols bonitos e entre outros lugares também, mas a mídia carioca é muito forte. Até alguns torcedores e amigos costumam me dizer: "pode fazer gol feio, a gente não importa". Eu sempre procuro fazer o melhor e de repente ocorre de estar numa noite boa pra fazer gols lindos.

DM - Quando e em que clube pretende encerrar a carreira?
Alex - Quero encerrar a carreira no Goiás. Isso já deixei bem claro para o "papai Hailé" e para o Raimundo Queiroz (presidente do Goiás). Tô com 34 anos, cheio de saúde. Espero chegar na idade do Baixinho para encerrar a carreira (Romário tem 40 anos).

DM - Qual o lado bom da carreira de jogador?
Alex - As melhores coisas são as vitórias e as amizades. Eu joguei em poucos clubes, mas todos importantes. E tenho amigos na França, em Belém, em Belo Horizonte, São Paulo e aqui em Goiânia.

DM - Você ainda se vê com chances de defender a seleção?
Alex - Meu sonho ainda é vestir a amarelinha. Depois da Copa, muita coisa deve mudar, eu estou com 34 anos, mas ainda posso ser chamado se estiver num momento bom no São Paulo.

DM - Em uma entrevista, você declarou que pretendia posar nu para uma revista masculina. Isso é realmente verdade?
Alex - O pessoal da Revista G Magazine me procurou para fazer fotos nuas, mas isso nunca me passou pela cabeça e nenhum cachê vai fazer com que eu pose sem roupa. Eu realmente acho minhas pernas bonitas, mas isso deixa para as mulheres conferirem.

DM - Você se considera um homem bonito?
Alex - Eu me acho bonito, me acho lindo. Só que se eu não me amar, só minha mãe que está longe e as pessoas que me conhecem éque vão achar. Eu me acho um príncipe lindo. Aliás, já me chamam de príncipe há muito tempo.

DM - É mais difícil fugir da marcação dos zagueiros ou das mulheres?
Alex - O assédio feminino sempre tem, mas os zagueiros marcam forte, marcam duro. Com as mulheres, eu tento ficar tranqüilo, à vontade.

DM - Você já fugiu de concetração alguma vez para ir atrás de mulher?
Alex - Nunca fugi de concentração, nunca faltei a nenhum treino na minha vida e nunca fui expulso. Eu sou uma pessoa muito profissional.

DM - Qual o melhor jogador com quem você atuou?
Alex - O Aloísio, a gente se completa. Além de ser um irmão, nós jogamos vários anos juntos e agora estamos jogando também no São Paulo. É um jogador que eu colocaria em destaque. Já Romário, o sonho de qualquer um é jogar com ele. Têm outros jogadores, como o Tabata.

DM - Você acha que sua melhor fase na carreira ainda está por vir?
Alex - Tive uma fase excelente no Goiás. Na França, eu fui considerado por dois anos seguidos o melhor jogador estrangeiro. No Rio, ano passado, no Vasco, se eu não me machuco eu seria o artilheiro do Brasileiro. No São Paulo, no começo do ano, fiquei 12 jogos invicto. É lógico que você sempre tem que estar buscando melhorar.